São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 2002

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REPERCUSSÃO

ANDRÉ SINGER, porta-voz do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva:
"Nós achamos que a intervenção no Espírito Santo é cabível, uma vez que há indícios de que as autoridades locais estão coniventes com o crime organizado".

CIRO GOMES, candidato do PPS à Presidência:
"Uma intervenção é sempre uma violência, especialmente quando feita no momento em que a sociedade capixaba se reúne para debater e escolher seu futuro governador. Agora, o presidente [Fernando Henrique Cardoso] poderia ter sido mais transparente com o seu ministro [Miguel Reale Júnior] para não deixar a situação tão constrangedora. A tese da não-intervenção é correta. O pretexto de que no Espírito Santo o crime organizado passou da conta não é propriamente uma inverdade. Mas, no Rio de Janeiro, em São Paulo, o crime organizado também passou da conta".

JOSÉ SERRA, candidato PSDB à Presidência, não quis comentar a intervenção no Espírito Santo. Sobre a saída de Miguel Reale Júnior do Ministério da Justiça, afirmou:
"É uma pena porque Reale estava fazendo um bom trabalho".

ORLANDO FANTAZZINI (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e membro do CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana):
"O vergonhoso recuo aumentará os riscos de vida para todos os que vêm contribuindo com a Justiça e com o combate ao crime organizado no Estado, e as autoridades passam a ser moralmente responsáveis pelo que vier a acontecer com os capixabas que tiveram a coragem de denunciar os criminosos infiltrados no Estado".

LUIZ PAULO VELLOZO LUCAS (PSDB), prefeito de Vitória (ES) e um dos coordenadores da campanha do tucano José Serra à Presidência:
"O mais correto seria encaminhar o pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal). Isso permitiria, pelo menos, que os problemas do Estado fossem discutidos"

JOSÉ CARLOS GRATZ (PFL), presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, citado no relatório final da CPI do Narcotráfico:
"Se fosse intervir no Espírito Santo teria que riscar do mapa o Rio de Janeiro e São Paulo"

ANISTIA INTERNACIONAL, em nota divulgada ontem:
"Mais uma vez as autoridades do país permitiram que uma importante oportunidade para combater crime organizado, corrupção, impunidade e antigos abusos aos direitos humanos fosse perdida por conveniências políticas".



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