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Para seu presidente, UNE deve sustentar mudanças
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
A UNE (União Nacional dos Estudantes) deixou de lado a postura de contestação para assumir uma parceria com o novo
governo. Sinal da mudança de
posição é o local escolhido para
a posse da nova diretoria da entidade: a Câmara dos Deputados, com direito a convite assinado pelo presidente da Casa,
João Paulo Cunha (PT-SP).
"A gente agora precisa exigir
que as mudanças aconteçam.
Esse é o nosso papel, sustentar
essas mudanças", afirmou o novo presidente, Gustavo Petta,
22, filiado ao PC do B, que conversou com a Folha:
Agência Folha - A nova diretoria da UNE toma posse amanhã
[hoje] na Câmara. Qual o motivo
da escolha do local?
Gustavo Petta - É simbólico fazer a posse em Brasília nesse novo momento político por que o
país passa, com a possibilidade
de diálogo com o governo, de
conquistas concretas para o
movimento estudantil.
Agência Folha - Não é muito institucional para a UNE?
Petta - Acho que não. Existe
uma outra relação, mas isso não
quer dizer que a UNE vai se institucionalizar. Estamos aqui em
Brasília preparando a posse mas
acabamos de vir do comando
nacional da greve dos servidores. A UNE presta solidariedade.
Agência Folha - Qual a avaliação do governo Lula?
Petta - Foi muito importante
abrir o diálogo com a sociedade.
O mais negativo é que o governo
ainda não teve condições de fazer uma mudança mais abrupta
com a política econômica.
Agência Folha - Você não teme
a perda da identidade da UNE
com esse alinhamento?
Petta - A gente não concorda
que esteja alinhado. Reafirmamos no Congresso da UNE o
compromisso de manter a independência, mas com diálogo
constante.
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