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São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2003

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Para seu presidente, UNE deve sustentar mudanças

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

A UNE (União Nacional dos Estudantes) deixou de lado a postura de contestação para assumir uma parceria com o novo governo. Sinal da mudança de posição é o local escolhido para a posse da nova diretoria da entidade: a Câmara dos Deputados, com direito a convite assinado pelo presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP).
"A gente agora precisa exigir que as mudanças aconteçam. Esse é o nosso papel, sustentar essas mudanças", afirmou o novo presidente, Gustavo Petta, 22, filiado ao PC do B, que conversou com a Folha:
 

Agência Folha - A nova diretoria da UNE toma posse amanhã [hoje] na Câmara. Qual o motivo da escolha do local?
Gustavo Petta
- É simbólico fazer a posse em Brasília nesse novo momento político por que o país passa, com a possibilidade de diálogo com o governo, de conquistas concretas para o movimento estudantil.

Agência Folha - Não é muito institucional para a UNE?
Petta
- Acho que não. Existe uma outra relação, mas isso não quer dizer que a UNE vai se institucionalizar. Estamos aqui em Brasília preparando a posse mas acabamos de vir do comando nacional da greve dos servidores. A UNE presta solidariedade.

Agência Folha - Qual a avaliação do governo Lula?
Petta
- Foi muito importante abrir o diálogo com a sociedade. O mais negativo é que o governo ainda não teve condições de fazer uma mudança mais abrupta com a política econômica.

Agência Folha - Você não teme a perda da identidade da UNE com esse alinhamento?
Petta
- A gente não concorda que esteja alinhado. Reafirmamos no Congresso da UNE o compromisso de manter a independência, mas com diálogo constante.



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