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Ex-presidente do INSS é denunciado
da Sucursal de Brasília
O Ministério Público Federal denunciou quatro policiais da cúpula da Polícia Federal e o ex-presidente do INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) José Arnaldo
Rossi por desvio de recursos do
convênio de US$ 296 mil firmado
entre os dois órgãos em 1991.
Para a PF, o processo pode ser
anulado porque está sob "segredo
de Justiça" e foi liberado pelo ministro Renan Calheiros (Justiça).
Os envolvidos entregaram anteontem os cargos de confiança.
Eles podem ser afastados por causa da medida provisória editada
no dia 30 para sanear a PF. Isso
poderá acontecer se as acusações
forem consideradas faltas graves.
Peças do processo sobre o convênio estão no dossiê elaborado
pela Procuradoria da República
no Rio e em São Paulo sobre policiais acusados em processos.
Segundo a denúncia, o convênio
foi feito para uma delegacia contra
crimes previdenciários no Rio.
Gestor do convênio, o ex-superintendente da PF Edson Antonio de
Oliveira aplicou a verba do convênio no Fundo de Aplicação Financeira em benefício próprio.
Em outro trecho, diz que Oliveira usou um cheque do convênio
para comprar um telefone celular.
Recursos do convênio foram
também desviados para Alagoas e
para Rondônia. Os superintendentes da PF desses Estados, na
época, eram os delegados Alberto
Lasserre Filho e Jairo Kullmann.
Uma nota fiscal falsa e superfaturada de uma oficina de Porto
Velho foi incluída na prestação de
contas de Lasserre, diz a denúncia.
Segundo a Procuradoria da República, ele não prestou contas de
Cr$ 4 milhões (US$ 13,9 mil).
Na denúncia, Kullmann é acusado de não comprovar o uso de Cr$
170.664 (US$ 1.272) do convênio.
Mauro Spósito, que deixou a superintendência no Amazonas, e o
agente Celso Luiz Braga de Lemos
são acusados de incluir documentos falsos na prestação de contas.
A denúncia diz ainda: "Celso
Luiz Braga de Lemos apropriou-se
de Cr$ 500 mil (US$ 462), por
meio do desconto do cheque".
O ex-presidente do INSS José
Arnaldo Rossi é acusado de ter
atendido pedido irregular do delegado aposentado Oscar Camargo
Costa Filho para estender o convênio, injetando mais US$ 38,1 mil.
O pedido foi apresentado em 6
de agosto de 91, quando foi liberado. No dia seguinte, os recursos
foram retirados da conta nº
221.061, do Banco do Brasil (Brasília). Microfilme sobre a movimentação dessa conta desapareceu.
"Rossi autorizou a liberação de
Cr$ 15 milhões, fundamentando-se em aditivo do convênio que
jamais existiu", relata. Rossi e Camargo não foram localizados.
A denúncia foi apresentada em
25 de maio na 25ª Vara Federal do
Rio. Mas não foi recebida porque
o processo foi para Brasília.
(AG)
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