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Brizola e Britto fazem as pazes e
fecham acordo para eleições no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O presidente nacional do PDT,
Leonel Brizola, acertou ontem o
apoio do seu partido a Antônio
Britto, candidato do PPS ao governo gaúcho.
Alegando que precisava priorizar a candidatura de Ciro Gomes
(PPS) à Presidência e que exigências pedetistas seriam incluídas
no programa do PPS, Brizola só
não comunicou em público a decisão ontem à noite, após seis horas de reunião do PDT, porque
quis deixar sua formalização para
a manhã de hoje, quando se encontra com Britto às 10h.
Desde o início do ano, foi Brizola quem exigiu que Britto não fosse candidato de uma frente entre
PDT, PTB e PPS no Estado. Quando foi governador, Britto privatizou empresas que haviam sido
criadas pelo próprio presidente
do PDT na época em que também
governou o Rio Grande do Sul.
Ontem, Brizola disse que o ex-adversário ""reviu seus conceitos
sobre privatizações".
Nos meses anteriores a esse
acerto, os dois trocaram farpas.
Brizola dizia que o PDT não engoliria Britto e que se o PPS forçasse
sua candidatura no Estado, haveria ""impasse e grande prejuízo para Ciro". Britto respondeu: ""A
convicção com que Brizola defende a presença do PFL no palanque
do Ciro confirma que os problemas que o Brizola possa ter com o
PPS gaúcho estão a léguas de distância de serem ideológicos."
Com a decisão, Ciro supera um
dos principais entraves internos
de sua coligação: o PTB e o PDT
gaúchos, aderindo a Britto, unificam seu palanque no Estado.
O PTB gaúcho deve oficializar
sua adesão no próximo dia 14, em
reunião do diretório estadual. Em
razão da divisão dos seus aliados
entre duas candidaturas Ciro vinha evitando viajar ao Estado.
Agora, o constrangimento estará
superado.
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