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Justiça nega pedido de empresário para ter acesso às investigações
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça de Santo André rejeitou o pedido que fez o empresário
Sérgio Gomes da Silva para ter
acesso às investigações promovidas pelo Ministério Público Estadual contra ele. Na mesma decisão, a Promotoria ficou proibida
de usar a alcunha "Sombra" para
se referir ao empresário.
Sérgio Gomes, que foi denunciado por suposta formação de
quadrilha e extorsão de empresários do setor de transporte público de Santo André, estava no carro com o prefeito assassinado Celso Daniel (PT) no momento do
sequestro.
Na petição, formulada no último dia 5, os advogados de Sérgio
Gomes pediram para ter acesso a
informações adicionais sobre o
processo judicial e a todos os procedimentos investigatórios comandados pelos promotores criminais de Santo André.
"Fica difícil, como advogado, fazer uma defesa de algo que não
conheço. Sei que os promotores
investigam outros casos, mas não
tenho como fazer a defesa e evitar
injustiças", disse o advogado Roberto Podval.
O pedido foi rejeitado pelo juiz
da 1ª Vara Criminal, Iasin Issa Ahmed, dois dias depois de ser protocolado na Justiça. Para o juiz, o
trabalho do Ministério Público
não fere o princípio do contraditório -que visa garantir a ampla
defesa para os acusados.
"O princípio do contraditório e
a ampla defesa serão sempre garantidos no âmbito do Poder Judiciário. Todos e quaisquer documentos novos, eventualmente
juntados aos autos, serão de conhecimento da defesa, que poderá, no prazo legal, se manifestar a
respeito dos mesmos", disse Ahmed em sua sentença.
O juiz determinou aos promotores que não utilizem a alcunha
"Sombra", por considerar a palavra pejorativa para o empresário.
Podval afirmou que irá recorrer
da decisão no Tribunal de Justiça.
Os promotores criminais, que
denunciaram Sérgio Gomes, investigam outras supostas irregularidades cometidas por pessoas
ligadas à prefeitura petista de Santo André. As informações são
mantidas sob sigilo.
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