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Transexual tenta ser vereadora
DA AGÊNCIA FOLHA
Um transexual de São José do
Rio Preto (440 km de SP) disputa o pleito eleitoral deste ano na
cidade após entrar na cota destinada às mulheres.
Maria Augusta Silveira, 36,
busca uma das 17 vagas na Câmara Municipal pelo PL.
Em 1998, Guta, como é conhecida, submeteu-se a uma cirurgia para mudança de sexo no
Hospital de Base da cidade.
Ela diz que, em 2002, obteve
na Justiça o direito de ter em sua
identidade e na certidão de nascimento o nome de mulher.
Hoje secretária em uma clínica de urologia, Guta, que não revela "em hipótese alguma" o
nome de batismo, diz que, se
eleita, não apresentará projetos
só destinados ao público GLBT
(Gays, Lésbicas, Bissexuais e
Transgêneros). Ela afirma que,
se eleita, criará projetos para as
áreas de saúde e educação.
"Tenho o 2º grau completo
[ensino médio] e é preciso haver
medidas que melhorem as condições pedagógicas das escolas."
Entre essas medidas, a candidata pretende aumentar o acesso das famílias às escolas onde
estudam os filhos, para, de acordo com ela, aumentar a "interação" entre corpo docente, discente e familiares.
Ela diz que, várias vezes, foi alvo de discriminação por parte
de pessoas que não aceitam sua
sexualidade. "Mesmo depois de
lançar minha candidatura, fui
discriminada na cidade."
O juiz eleitoral José Joaquim
dos Santos, da 1ª Zona Eleitoral
de São Paulo, disse que não há
nenhum impedimento para que
a candidata, caso seja eleita, assuma o cargo.
(JOSÉ EDUARDO RONDON)
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