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O delegado da Polícia Civil de Sandovalina (624 km de SP) Marcos Vinícius Aquoti abriu ontem inquérito para investigar uma emboscada que teria sido armada contra cerca de 200 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
O grupo, parte de um contingente de 1.200 invasores, desocupava, por determinação da Justiça, a fazenda São Domingos quando tiros foram disparados, gerando tumulto. Ninguém ficou ferido ou foi preso pela polícia.
O incidente ocorreu no final da tarde de sábado e os sem-terra atribuíram a ação a "jagunços" da fazenda. O advogado dos proprietários e arrendatários da fazenda, Coraldino Vendramini, negou que os funcionários de seus clientes sejam autores dos disparos.
Segundo o delegado, dois homens que prestam serviço para os donos da fazenda São Domingos são os principais suspeitos. Seus nomes não foram divulgados.
Os dois passaram por exames residuográficos, que indicarão se eles usaram armas de fogo.
Aquoti disse que o resultado deve ser conhecido ainda nesta semana. "Com base nesse resultado é que vamos direcionar as investigações", declarou o delegado.
Ainda de acordo com Aquoti, os suspeitos trabalham "esporadicamente" na fazenda. "Em depoimento, eles negaram o envolvimento, disseram que estavam fazendo uma cerca na propriedade e que os tiros partiram dos próprios sem-terra."
No local, a Polícia Militar achou cápsulas deflagradas de espingarda calibre 32 e revólver 38. A segurança foi reforçada. Cinco policiais, utilizando dois carros, se revezam no patrulhamento. Apesar do episódio, Chaves afirmou que as invasões na região "não vão parar". (CRISTIANO MACHADO)


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