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"Seca garante nosso ganha-pão'
em Santa Cruz do Capibaribe (PE)
A seca provocou a explosão de
um comércio diferente em Santa
Cruz do Capibaribe: a dos vendedores de água. Já são cerca de 500,
segundo estimativas locais.
São pessoas pobres: desempregados, trabalhadores rurais, biscateiros. Circulam em uma carroça
puxada por um jumento, carregada com um tonel cheio de água.
Compram a lata de água por R$
0,25 e a revendem por R$ 0,50.
"Nos dias de muito movimento
dá pra ganhar até uns R$ 30", disse Cândido Martins, 32, um dos
"carroceiros". A Agência Folha
entrevistou 12 deles. Todos falaram da seca como algo positivo.
"A seca está garantindo o nosso
ganha-pão", disse José Carlos da
Silva, 32, que foi trabalhador rural.
A seca tem sido melhor ainda para os "donos da água". Eles seriam três na região. A Agência Folha falou com Pedro Duarte, 26.
Ele é reticente sobre ganhos, mas
tem três caminhões e disse que o
gasto com o transporte fica em torno de R$ 15. Com a água transportada, afirmou, ele fatura, líquidos,
entre R$ 65 e R$ 75.
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