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PERFIL
Deputado pregava "sindicalismo de resultados"
DA REDAÇÃO
A vida política do amazonense Luís Antônio de Medeiros, deputado federal pelo PL-SP, é marcada por
uma virada da esquerda para a direita. Depois de envolver-se com a luta armada,
em 1971, refugiou-se no Chile e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Na década de 70, viveu em
Cuba e na União Soviética.
Quando voltou ao Brasil,
em 1977, foi trabalhar como
metalúrgico em São Paulo e,
dois anos depois, entrou para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (SinMet).
Em 1981, já como primeiro-secretário do SinMet,
abandonou a direção estadual do PCB e começou sua
guinada para a direita. Em
1986, assumiu a presidência
do sindicato e aderiu à recém-criada Confederação
Geral dos Trabalhadores,
que reunia a ala mais conservadora do sindicalismo e se
opunha à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
À frente do SinMet, Medeiros tornou-se o principal
expoente do "sindicalismo
de resultados", que defendia
a melhoria salarial em detrimento da discussão política.
Nas eleições de 1989,
apoiou à candidatura de Fernando Collor de Melo à Presidência da República e, em
1990, começou a articular a
formação da Força Sindical,
fundada no ano seguinte.
Em 1992, declarou apoio
ao impeachment de Collor e
teve seu nome ligado a um
inquérito que apurava o desvio de US$ 118 mil de uma
verba repassada, em 1990,
pela Secretaria Estadual do
Trabalho ao Ibes (Instituto
Brasileiros de Estudos Sindicais), do qual era presidente.
O inquérito foi concluído
em 1995 e acabaria por condená-lo a restituir US$ 30
mil ao governo de São Paulo.
Em 1993, Medeiros filiou-se ao Partido Progressista
(PP) e, em 1994, lançou-se
para o governo de São Paulo
-quando Mário Covas,
morto em março, foi eleito.
Ainda em 1994, apoiou a
candidatura de FHC à Presidência da República.
No ano seguinte, reportagem da Folha trouxe novas
acusações ligadas ao Ibes.
Wagner Cinchetto, ex-tesoureiro do instituto, acusava Medeiros de montar um
esquema paralelo de arrecadação de recursos para viabilizar o funcionamento da
Força Sindical.
Ainda em 1995, foi para o
PTB, aliado de FHC e, em
1998, foi para o PFL, elegendo-se deputado federal. Em
2001, foi para o PL, partido
que pode apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) à Presidência.
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