São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002

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Presidente tenta contornar crise com PFL paulista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso terá de atuar como bombeiro em São Paulo para contornar a crise entre o seu partido, o PSDB, e o senador Romeu Tuma (PFL-SP). Ontem, em audiência no Alvorada, Tuma se queixou do núcleo de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Reeleito no dia 6 para um novo mandato, Tuma contou a FHC que tem sido alijado da campanha de Alckmin no segundo turno e criticado pelo coordenador do comitê, João Carlos Meirelles, secretário da Agricultura licenciado. Alckmin disputa o segundo turno com o petista José Genoino.
"Eu disse ao presidente que sempre tratei bem o Meirelles e que, estranhamente, ele colocou essa posição ofensiva em relação à minha pessoa. Se essa posição não for revista, não posso nem passar no palácio [do governo estadual]", disse Tuma.
Segundo a Folha apurou, FHC teria lamentado as divergências e dito ao senador que seu apoio a Alckmin será importante no segundo turno. O presidente poderá interceder com os tucanos paulistas, já que Tuma aguarda um gesto de Alckmin para se engajar na campanha. "Eu disse ao presidente que [o apoio] depende menos de quem quer ajudar e mais de quem quer receber ajuda."
Na conversa com Tuma, FHC teria considerado difícil a disputa entre Serra e Lula (PT). Enquanto se sente desrespeitado pelo PSDB, o pefelista tem sido cortejado pelo PT. (RAQUEL ULHÔA)


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