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VOTAÇÃO
Resultado final da apuração mostra que o número de partidos representados na Câmara vai aumentar de 15 para 19
Nova Câmara mostra poder fragmentado
ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL
RENATO FRANZINI
DA REDAÇÃO
A lista final dos deputados federais eleitos, divulgada ontem pelo
TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
mostra uma maior fragmentação
do poder na Câmara, em relação à
situação atual. Pelos resultados
oficiais, 19 partidos serão representados na Câmara. Hoje, apenas 15 têm deputados.
Os três maiores partidos (PFL,
PSDB e PMDB) têm, juntos, 279
deputados -e os três apoiaram o
presidente Fernando Henrique
Cardoso. O número é suficiente
para aprovar os projetos de lei
com maioria absoluta, o que permitiu ao governo atuar com um
"rolo compressor" na Casa.
Se a composição na próxima legislatura se mantiver idêntica à
que foi eleita, os três partidos terão 229 parlamentares. Isso obrigará um
eventual governo de José Serra
(PSDB) a fazer negociações com
outros partidos para a aprovação
das leis de interesse do governo.
O PT, que tem hoje a quarta
maior bancada, elegeu 91 deputados e será o maior partido na Câmara dos Deputados. Até anteontem, 90 deputados petistas tinham sua eleição confirmada,
mas os números finais de Sergipe,
divulgados ontem, mostraram a
eleição de João Fontes (PT), que
estava em 11º no Estado.
Em virtude dos votos de legenda, Fontes entrou na vaga que até
anteontem estava com Pedrinho
Valadares (PSB), o terceiro mais
bem votado do Estado. Com isso,
a bancada do PSB na Câmara ficará com 22 deputados. Com a alteração, a coligação que apoiou Lula no primeiro turno (PT, PL, PC
do B e PMN) terá 130 deputados,
40 a mais do que na atual legislatura.
Os outros partidos de oposição
(PSB, PPS, PDT e PV) elegeram
uma bancada de 63 deputados.
Assim, mesmo que conte com o
apoio desses partidos, um eventual governo de Lula terá de buscar pelo menos mais 64 votos para
aprovar os projetos de lei (a maioria absoluta exige 257 votos).
A situação se complica para os
dois presidenciáveis em caso de
votação de emendas constitucionais. Para aprová-las é preciso haver 308 votos favoráveis.
A divulgação da lista final pelo
TSE mostra que 277 deputados federais foram reeleitos em relação
aos que exercem o mandato
atualmente. Com isso, a taxa de
renovação ficou em 46% -ontem, a Folha informou que a taxa
deveria ficar em 46,8%.
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