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SENADO
Mercadante teve a maior votação da história, 10 milhões, mas, com 29,86%, perde no percentual de votos válidos nos Estados
Recordista, petista é o 11º em votos válidos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Eleito senador de São Paulo
com mais de 10 milhões de votos,
o deputado federal Aloizio Mercadante (PT-SP) se tornou o parlamentar mais votado da história,
mas, entre os 54 senadores que assumirão seus cargos em fevereiro,
está em 11º lugar em percentual de
votos válidos recebidos nos respectivos Estados.
Proporcionalmente, o mais votado foi o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do seu partido no Senado, que conseguiu a
reeleição com 815.136 votos, o que
representa 42,27% dos votos válidos em Alagoas.
A votação recordista de Mercadante equivale a 29,86% dos válidos em São Paulo, maior colégio
eleitoral do país.
O petista teve uma votação 134
vezes superior à de Augusto Botelho (PDT), de Roraima, que obteve 77.635 votos -25,28% dos votos válidos no Estado-, sendo o
senador eleito com menor número de votos.
Botelho, 54, é um dos seis senadores eleitos no último domingo
que nunca exerceram cargo eletivo. Médico e pecuarista, é membro da Sociedade Brasileira de
Mastologia e ex-secretário estadual da Saúde.
Na relação de senadores proporcionalmente mais votados, há
nove recém-eleitos na frente de
Aloizio Mercadante, além de Renan Calheiros.
São eles, na seguinte ordem: Ramez Tebet (PMDB-MS), atual
presidente do Senado, a ex-governadora maranhense e ex-presidenciável Roseana Sarney (PFL),
a senadora Marina Silva (PT-AC),
o ex-governador do Ceará Tasso
Jereissati (PSDB), o senador Leomar Quintanilha (PFL-TO), o senador Romero Jucá (PSDB-RR),
vice-líder do governo Fernando
Henrique Cardoso no Senado, o
ex-senador baiano Antonio Carlos Magalhães (PFL), o senador
Osmar Dias (PDT-PR) e o ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque (PT).
Novatos
Com 40 novos senadores, a renovação do Senado será de quase
50% das 81 cadeiras a partir de
2003, embora a maioria dos eleitos já tenha exercido mandato de
governador (10), deputado federal (13), deputado estadual (7) ou
prefeito (2).
Dos 32 senadores que disputaram a reeleição, 15 foram vitoriosos -incluindo nessa conta o ex-senador baiano Antonio Carlos
Magalhães, que renunciou no ano
passado para escapar de um processo de cassação, no episódio da
violação do painel eletrônico do
Senado.
Um dos eleitos mais experientes
é o vice-presidente da República,
Marco Maciel (PFL-PE).
Há ainda seis estreantes no Legislativo. Entre eles, está Fátima
Cleide (PT-RO), uma militante do
movimento sindical no Estado de
Rondônia que é desconhecida até
pela maioria da bancada petista
no Senado.
Formada em letras e professora
do ensino público federal, ela preside o diretório regional do PT no
Estado desde 1999.
Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC), 53, atua na política desde os
anos 60, quando militava em uma
dissidência do PC do B (Ala Vermelha).
Surpresa
Os eleitores do Rio de Janeiro
não elegeram senador o ex-governador do Estado Leonel Brizola,
presidente do PDT, e produziram
uma das surpresas do Senado
neste ano: Marcelo Crivella (PL-RJ), bispo da Igreja Universal do
Reino de Deus. Além de cantor de
músicas religiosas, Crivella administra um projeto agrícola no sertão da Bahia.
Goiás preferiu renovar sua representação no Senado, com a
derrota do ex-governador Iris Rezende (PMDB) e a eleição do novato Demóstenes Torres (PFL),
ex-procurador-geral de Justiça do
Estado de Goiás (1995 a 1998) e
ex-secretário da Segurança no governo de Marconi Perillo (PSDB).
Outro estreante no cenário parlamentar é Delcídio do Amaral
(PT-MS), ex-secretário de Infra-estrutura e Habitação no governo
de Zeca do PT (MS).
(RAQUEL ULHÔA)
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