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Ala evangélica chega a 60 parlamentares
FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO
Levantamento preliminar feito
pela Folha a partir de informações de lideranças religiosas indica que a bancada evangélica de
deputados federais eleitos tem pelo menos 60 parlamentares -donos de 5,1 milhões de votos.
É um crescimento de aproximadamente 25% em relação à bancada anterior, que, segundo o Diap
(Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar), era de
48 parlamentares.
Com 60 votos, a bancada evangélica só perde em tamanho para
a paulista, com 70 nomes. A coloração partidária da bancada vai
do PT ao PPB, passando por PL,
PFL, PTB, PSDB, PSB e PDT.
A Assembléia de Deus contabiliza até agora 23 deputados que
são membros da igreja ou apoiados por ela, informaram as coordenações políticas da Conamad
(Convenção Nacional das Assembléias de Deus de Madureira) e da
Cgadb (Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil).
O coordenador político da Igreja Universal do Reino de Deus e
da bancada evangélica, deputado
Bispo Rodrigues (PL-RJ), informou que o grupo elegeu pelo menos 22 parlamentares, sendo 18
membros diretos da igreja e quatro apoiados por ela nos Estados.
Há pelo menos oito parlamentares batistas. Os demais parlamentares evangélicos pertencem
a denominações como Metodista,
Quadrangular, Presbiteriana,
Mórmon e Sara Nossa Terra.
A diferença que marcou a eleição desse ano foi a posição da Assembléia de Deus, que resolveu,
como só a Universal fazia antes,
indicar abertamente seus candidatos aos fiéis.
Para a socióloga Regina Novaes,
pesquisadora do Iser (Instituto de
Estudos da Religião), o evangélico
-candidato ou eleitor- assume
sua identidade também porque,
como religioso, tem a necessidade
de estar congregado.
"Se você tem um crescimento
da população evangélica, é natural ter um aumento da representação política desse grupo", afirma Regina Novaes, sobre o resultado preliminar das eleições.
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