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São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 2003

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Justiça manda soltar os três últimos presos sob suspeita de fraude no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

As três últimas pessoas presas sob suspeita de participar de uma quadrilha para fraudar a Receita Federal foram soltas na noite de ontem pelo juiz da 3ª Vara Federal Criminal, Lafredo Lisbôa.
O delegado da Derat (Delegacia de Arrecadação Tributária), José Góes Filho, a despachante Graciete Barbosa da Silva e a auditora da Receita Vera Lúcia da Gama Quintella prestaram esclarecimentos à Justiça antes de o juiz decidir revogar o mandado de prisão temporária.
O corregedor da Receita Federal, Moacir Leão, que foi ao Rio acompanhar os depoimentos, disse que tem provas contra a suposta quadrilha de fraudadores que teria causado um prejuízo de R$ 250 milhões ao fisco. "Estou trazendo provas aqui para mostrar ao delegado como isso aconteceu na delegacia dele", disse.
Góes Filho, o segundo a depor, depois de Barbosa da Silva, negou todas as suspeitas levantadas pelo corregedor. Apresentou documentos que comprovariam a legalidade da grande quantidade de operações de compensações de crédito feitas nos dois meses anteriores a sua aposentadoria. "Essas fraudes não aconteceram na minha delegacia", afirmou.
Barbosa da Silva negou que tenha envolvimento com a suposta fraude. Dos integrantes da suposta quadrilha, disse conhecer apenas o despachante Alberto da Silva Correa Neto. Contou que contratou Correa Neto para obter R$ 3,4 milhões de créditos de IPI de uma empresa que ficaram retidos na Receita. Ele receberia 10% do total. O pagamento não foi feito, disse ela, porque Correa Neto não conseguiu liberar os créditos.
Quintella negou ter recebido R$ 120 mil de uma empresa de segurança, ao contrário do que indicavam as gravações telefônicas feitas com autorização judicial que deram início às investigações.


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