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Justiça manda soltar os três últimos
presos sob suspeita de fraude no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
As três últimas pessoas presas
sob suspeita de participar de uma
quadrilha para fraudar a Receita
Federal foram soltas na noite de
ontem pelo juiz da 3ª Vara Federal
Criminal, Lafredo Lisbôa.
O delegado da Derat (Delegacia
de Arrecadação Tributária), José
Góes Filho, a despachante Graciete Barbosa da Silva e a auditora da
Receita Vera Lúcia da Gama
Quintella prestaram esclarecimentos à Justiça antes de o juiz
decidir revogar o mandado de
prisão temporária.
O corregedor da Receita Federal, Moacir Leão, que foi ao Rio
acompanhar os depoimentos,
disse que tem provas contra a suposta quadrilha de fraudadores
que teria causado um prejuízo de
R$ 250 milhões ao fisco. "Estou
trazendo provas aqui para mostrar ao delegado como isso aconteceu na delegacia dele", disse.
Góes Filho, o segundo a depor,
depois de Barbosa da Silva, negou
todas as suspeitas levantadas pelo
corregedor. Apresentou documentos que comprovariam a legalidade da grande quantidade de
operações de compensações de
crédito feitas nos dois meses anteriores a sua aposentadoria. "Essas
fraudes não aconteceram na minha delegacia", afirmou.
Barbosa da Silva negou que tenha envolvimento com a suposta
fraude. Dos integrantes da suposta quadrilha, disse conhecer apenas o despachante Alberto da Silva Correa Neto. Contou que contratou Correa Neto para obter R$
3,4 milhões de créditos de IPI de
uma empresa que ficaram retidos
na Receita. Ele receberia 10% do
total. O pagamento não foi feito,
disse ela, porque Correa Neto não
conseguiu liberar os créditos.
Quintella negou ter recebido R$
120 mil de uma empresa de segurança, ao contrário do que indicavam as gravações telefônicas feitas com autorização judicial que
deram início às investigações.
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