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ELEIÇÕES 2008 / RIO DE JANEIRO
Críticas a alianças marcam debate entre Gabeira e Paes
Candidato do PV ataca Cabral, aliado de peemedebista, que questiona apoio de Maia
Após pedir desculpas em carta pelos ataques que fez a Lula no mensalão, Paes se reúne hoje com o presidente
para receber apoio formal
DA SUCURSAL DO RIO
Críticas às alianças políticas
marcaram o primeiro debate
entre Fernando Gabeira (PV) e
Eduardo Paes (PMDB) no segundo turno das eleições para a
Prefeitura do Rio.
No encontro realizado pelo
jornal "O Globo", Paes defendeu dos ataques seu principal
aliado, o governador Sérgio Cabral, e questionou o apoio do
prefeito Cesar Maia (DEM) ao
adversário do PV.
Gabeira disse que Cabral não
tem bom relacionamento com
os servidores estaduais, insinuando que o mesmo poderia
ocorrer com Paes na capital.
O peemedebista defendeu o
governador, afirmando que "o
Estado passou por um processo
longo de desestruturação". E
disse que vai "garantir tudo o
que o funcionalismo público
tem de benefícios".
Após os seguidos ataques a
Cabral, Paes afirmou que Gabeira "esconde" o apoio que recebeu de Maia. "É um apoio que
deve se querer esconder, mas
existe." Gabeira disse que não
procurou o prefeito, que "tomou uma posição espontânea".
Logo no início do debate, o
candidato do PV tentou desqualificar o principal tema da
campanha de Paes ao afirmar
que a obtenção de verbas federais independe do partido a que
pertence o prefeito. "O governo
federal ajuda muito as prefeituras, como Curitiba, que é do
PSDB. Portanto, não se pode
supor que o governo federal
não vai mandar dinheiro para
uma prefeitura de oposição."
Paes questionou o compromisso de Gabeira de não lotear
a máquina com partidos. Disse
não ver problema em entregar
secretaria a quadros partidários que sejam competentes.
Já Gabeira refutou, com ironia, a acusação de não ter experiência administrativa. "Eu
consegui, com menos dinheiro,
proporcionalmente mais votos.
Então, eu administrei muito
melhor o meu dinheiro."
Crivella
O senador Marcelo Crivella
(PRB-RJ), derrotado na disputa no Rio, procurou ontem o líder do PMDB no Senado, Romero Jucá (RR). Crivella tenta
amarrar um acordo pelo qual
irá trocar o seu apoio a Paes pela vaga da aliança ao Senado em
2010, mas Jucá negou que os
dois tenham tratado do Rio.
A Folha apurou que o PMDB
irá pedir ajuda ao presidente
Lula se houver alguma dificuldade para o fechamento do
acordo. Convencido por Cabral, Lula aceitou apoiar Paes.
No encontro que teve com o
presidente na terça, Paes lhe
entregou uma carta pedindo
desculpas por sua atuação na
CPI dos Correios, onde esteve
na tropa de choque da oposição
-era do PSDB na época. Paes
pretende estar com Lula hoje,
em São Paulo, para receber o
apoio formal do presidente.
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