São Paulo, quinta-feira, 10 de novembro de 2005

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OUTRO LADO

Empresas negam ter pago; nota foi anulada, diz DNA

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As duas empresas para as quais a DNA Propaganda teria supostamente emitido notas fiscais frias -a Amazônia Celular e a Visanet (Companhia Brasileira de Meios de Pagamentos)- afirmaram ontem, por meio de notas, que não fizeram pagamentos à agência de publicidade referentes às notas analisadas pela Receita Federal. A DNA alega que as notas foram canceladas: "Não houve pagamento e, portanto, nenhum prejuízo aos clientes e/ou a cofres públicos".
"A Amazônia Celular reitera que não reconhece, não pagou e não contabilizou as notas fiscais supracitadas [investigadas pela Receita]", diz a empresa que, ao lado da Telemig Celular, integra a lista de maiores clientes das agências das quais Valério foi sócio: "A Amazônia Celular é uma empresa de capital aberto e passa por constantes auditorias internas e externas. Portanto, não é possível [haver] nenhum pagamento sem registro da contabilidade".
A Visanet também afirma que a nota mencionada pela Receita, no valor de R$ 6 milhões, não consta da relação de pagamentos feitos pela empresa. De acordo com a assessoria da DNA, essa nota teria sido cancelada e substituída por outra, emitida quatro dias depois, no valor de R$ 6,4 milhões.
Essa segunda nota é reconhecida pela Visanet. O valor teria sido pago em 28 de novembro de 2003. A Visanet não soube informar o serviço pago porque o controle é feito pelo Banco do Brasil. "Não existem notas frias", disse a DNA: "As notas fiscais foram canceladas. Por falha no sistema de faturamento da empresa, não foi feita a anotação da expressão "canceladas" no corpo dos documentos e no livro do ISS".


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