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Mozart Valadares vence eleição da AMB
Juiz, que foi o candidato da situação, diz que a boa administração de Rodrigo Collaço trouxe a vitória
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Mozart Valadares é o
novo presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). Vai suceder a Rodrigo
Collaço à frente da maior entidade da magistratura. Às 22h
de ontem, saiu o resultado final. A chapa da situação venceu
as eleições com 5.487 votos
(82,65%), contra 1.152 votos
para o juiz Carlos Hamilton Bezerra da Silva, da oposição
(17,35%). A AMB reúne 13.240
magistrados.
O candidato da situação licenciou-se da vice-presidência
da AMB para disputar as eleições. Ele é presidente da associação dos magistrados de Pernambuco. Mozart Valadares
encabeçou a chapa "Compromisso com a Magistratura".
Seu opositor, Bezerra Lima, é
vice-presidente da associação
dos magistrados do Piauí. Ele
liderou o "Movimento de Renovação Democrática - AMB
para e pelos Magistrados".
Mozart Valadares atribuiu o
resultado da eleição à gestão de
Collaço. "Sua administração foi
muito bem avaliada pela magistratura, por haver trazido a
AMB para o centro da discussão dos grandes temas da sociedade brasileira, como o combate à corrupção, o fim do foro
privilegiado e da prática do nepotismo no Judiciário", afirmou Valadares.
Os resultados parciais confirmaram as pesquisas: de 1.530
magistrados consultados, 83%
julgaram "ótima ou boa" a atuação da entidade na gestão de
Collaço (apenas 2% consideraram ruim ou péssima). 89%
responderam que a associação
"está no caminho certo".
Valadares disse que "as eleições foram limpas e mostraram
que a magistratura tem responsabilidade". A campanha foi
marcada por acusações de uso
da máquina, financiamento de
campanha e fraude, como a Folha revelou domingo passado.
Às vésperas do pleito, a AMB
distribuiu nota atribuindo à
oposição "uma campanha de
baixo nível, lançando inverdades, ataques e infâmias".
Valadares disse que recebeu
um telefonema de Bezerra Lima. "Ele me ligou do Piauí, pediu que transmitisse os cumprimentos ao presidente. Disse-me que não teve a intenção
de atingir a honra de ninguém.
E que, se houve exagero em algum momento, ele tinha a humildade de pedir desculpas",
afirmou Valadares.
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