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Outro lado
Corregedor nega existência de "lista prévia"
DA SUCURSAL DO RIO
O desembargador Luiz
Zveiter, corregedor-geral do
Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro e membro do Órgão
Especial, negou a existência
de uma "lista prévia" para a
promoção de juízes ao cargo
de desembargador.
"Para mim ele [o juiz João
Batista Damasceno] fez as
contas dele lá e verificou
quem provavelmente ia entrar na lista", disse. Para o
corregedor, era previsível a
presença dos agora desembargadores Norma Suely
Fonseca Quintes e Cleber
Ghelfenstein na lista eleita
pelo Órgão Especial.
"Se você já colocou duas
vezes, vai ter que explicar
porque não vai entrar".
Quintes já havia entrado
duas vezes consecutivas em
listas anteriores, e Cleber,
uma. "Os outros, provavelmente ele deve ter computado os votos". Damasceno nega que tenha contabilizado
votos. Afirma que a suposta
"lista prévia" é de conhecimento de todos no tribunal.
O TJ do Rio não possui
pontuação para o desempenho dos juízes. A Corregedoria-Geral prepara um caderno ao Órgão Especial com estatísticas de produtividade
dos juízes. Mas não há regra
para avaliar estes elementos.
"Não tem como traçar critérios objetivos para coisas
desiguais [refere-se às diferenças entre varas cíveis, criminais, de família, etc]. A
Corregedoria fornece elementos para que o desembargador [decida] dentro de
seus critérios", disse Zveiter.
O presidente do TJ, desembargador José Carlos
Schmidt Murta Ribeiro, afirmou que Quintes "poderia
ter sido promovida há muito
tempo". "Era uma juíza muito competente, que optou
por não se candidatar por
muito tempo." Ribeiro disse
que o candidato a desembargador tem de visitar os juízes
"para se apresentar". "Se o
candidato não se manifestar,
ele vai ter votação menor."
Os juízes Ricardo Couto e
Castro e Guaraci de Campos
Vianna receberam nas votações em que entraram na lista pela primeira vez 19 votos
e 18 votos, respectivamente
-num máximo de 24 votos.
Para Zveiter, voto em massa em um nome que ainda
não apareceu na lista não é
surpresa. "Por exemplo, o
desembargador [Sylvio] Capanema. Ele trabalhou com
diversos colegas. Os mais antigos começam a votar. (...) E
os novos que estão no tribunal, acabam aderindo."
(IN)
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