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AJUSTE FISCAL
Alíquota de 0,38% provocará acréscimo de R$ 7,29 bi
Aumento da CPMF vai cobrir
parte do déficit da Previdência
da Sucursal de Brasília
A arrecadação adicional da
CPMF (Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira)
do próximo ano será usada para
cobrir parte do déficit da Previdência Social.
O governo estima que o aumento da alíquota de 0,2% para 0,38%
irá representar um acréscimo de
R$ 7,29 bilhões. Além disso, a
prorrogação da cobrança irá garantir outros R$ 8 bilhões, mas
que estão vinculados aos gastos na
área da saúde -área para a qual a
contribuição foi criada.
O déficit do sistema previdenciário federal (público e privado)
previsto para o próximo ano é de
R$ 28 bilhões. É esse o buraco que
o governo pretende reduzir com o
aumento da arrecadação da
CPMF, caso o Congresso aprove a
nova alíquota.
Para iniciar a cobrança ainda no
final de janeiro, o governo pretende acabar com o prazo constitucional exigido de 90 dias para a
contribuição entrar em vigor.
O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Martus Tavares, disse que as previsões levam
em consideração a aprovação da
CPMF ainda neste ano.
As receitas com o aumento da
alíquota da Cofins (Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social) serão de R$ 8,13 bilhões. Os recursos começarão a
entrar no caixa do governo a partir
de março porque, para essa cobrança, há a exigência do prazo de
90 dias. A MP (medida provisória)
que autoriza a cobrança da contribuição já foi publicada no "Diário
Oficial" da União.
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
afirmou ontem que técnicos da
Câmara e do Senado vão analisar
se a criação de um imposto sobre a
gasolina atingiria menos "a classe
mais humilde" do que o aumento
da alíquota da CPMF. Na sua opinião, o Congresso deveria optar
pela medida menos dura.
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