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PT enfrenta pressões para votar
hoje a minirreforma tributária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT tentará votar hoje na Câmara a medida provisória 66, que
prevê uma arrecadação adicional
de cerca de R$ 2 bilhões para o
primeiro ano de governo de Luiz
Inácio Lula da Silva. As prorrogações das alíquotas do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física)
e da CSLL (Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido) precisam
ser aprovadas neste ano para entrar em vigor no próximo ano.
O texto do relator da MP, Benito
Gama (PMDB-BA), foi lido na
sessão da última quinta-feira e será colocado em votação hoje. Mas
a pressão de deputados, governadores e grupos de interesse poderá retardar a votação até mesmo
para a próxima semana.
O presidente da Câmara, Aécio
Neves (PSDB-MG), negocia a
aprovação da medida provisória
que vai ressarcir os governos estaduais pela verba investida em rodovias federais. Só o governo de
Minas Gerais, que será assumido
por Aécio em janeiro, espera receber cerca de R$ 1,2 bilhão.
Os deputados da base governista querem assegurar a liberação
de recursos para suas emendas individuais ao Orçamento. Os governadores querem adiar o fundo
de compensações da Lei Kandir,
que expira no final do ano. Pela
regra em vigor, eles teriam em
2003 cerca de R$ 1,8 bilhão de
compensação. Se o fundo for
prorrogado, essa quantia vai a R$
3,9 bilhões.
O atual governo deseja ver aprovado o fim da cobrança de impostos em cascata (PIS-Pasep), dispositivo que faz parte da MP 66,
mas também cobra o apoio do PT
ao o projeto de lei que estabelece
foro privilegiado para ex-presidentes, ex-governadores, ex-ministros e ex-parlamentares.
Os partidos da base governista
incluíram na MP 66 dispositivos
que criam um novo Refis, para refinanciar dívidas de empresas
com o INSS e a Receita Federal.
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