São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 2006 |
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Painel Renata Lo Prete - painel@uol.com.br Culpa dividida
À diferença da PF, que se concentrou na campanha
de Aloizio Mercadante, o relatório final da CPI dos
Sanguessugas, com divulgação prevista para esta semana, tende a co-responsabilizar a campanha de Lula
pela compra do dossiê contra José Serra. Parlamentares da comissão lembram que todos os personagens
identificados do caso, à exceção de Hamilton Lacerda,
prestavam serviços para o comitê nacional. Acrescentam que todos, em seus depoimentos, alegaram ter
agido em prol da vitória do presidente na negociação
com os Vedoin. Por fim, argumentam que o próprio
álibi inventado por Lacerda ultrapassa a fronteira da
disputa paulista: o homem da mala insiste em dizer
que não carregava dinheiro, como constatou a polícia,
e sim material de propaganda eleitoral de Lula. Longa data. Ideli Salvatti (PT-SC), que faz cara de paisagem toda vez que é mencionada sua amizade com o churrasqueiro Jorge Lorenzetti, recebeu do "aloprado" R$ 8 mil no caixa um para a campanha ao Senado, em 2002. Idéia fixa. Além do tradicional pedido de mudança na condução da economia, a Central de Movimentos Sociais -que congrega CUT, MST e UNE- pretende debater com Lula, no encontro marcada para esta semana no Palácio do Planalto, o projeto de "democratização dos meios de comunicação". Em disputa. Para aflição da brigada petista do BB, liderada pelo vice-presidente de Crédito e Gestão de Risco, Adésio Lima, Lula sinalizou que gostaria de manter Rossano Maranhão à frente do banco. Não é o mesmo desejo do ministro Guido Mantega. Equipe. O economista Gesner Oliveira, ex-presidente do Cade, foi escolhido por Serra para comandar a Sabesp.
Leve e solto. Fernando
Henrique Cardoso resiste
bravamente ao assédio para
que assuma a presidência do
PSDB. Tem alegado que, preso à burocracia do partido,
perderia a liberdade de dizer o
que pensa e teria de funcionar
como bombeiro de aborrecidas disputas internas. Tô fora. Outro agraciado ausente da cerimônia no Palácio dos Bandeirantes foi Celso de Mello. O ministro, que em condições normais já tem medo de avião, decidiu reduzir drasticamente seus deslocamentos enquanto durar o inferno nos aeroportos. Puxadinho. Em fase de agradar a todos em busca de votos para se reeleger, Renan Calheiros (PMDB-AL) autorizou Antonio Carlos Magalhães a ampliar seu já imenso gabinete no Senado. O pefelista avançou nos domínios da liderança do PMDB para, segundo piada que corre na Casa, cavar um túnel que vai dar direto na presidência.
Barreira. Eduardo Campos
(PSB) já avisou: não vai mesmo levar nenhum deputado
federal da coligação para o secretariado em Pernambuco. O
governador eleito evita ser o
patrocinador do retorno de
Severino Cavalcanti (PP) à
Câmara. O homem do mensalinho é o primeiro-suplente. Do líder do PFL na Câmara, RODRIGO MAIA (RJ), sobre as suspeitas da Polícia Federal de que Hamilton Lacerda, acusado de transportar o dinheiro pagador do dossiê, tenha feito lobby na empresa. Contraponto Mickey X mico
Aldo Rebelo (PC do B-SP) conversava com uma jornalista no plenário quando ela lhe contou que, dali a poucos
dias, sairia em férias rumo à Disneyworld. |
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