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Presidência
editou oito anos
de discursos
PLÍNIO FRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 43 anos de publicação
acadêmica -desde de 1960,
quando foi editado pela primeira vez- o sociólogo Fernando Henrique Cardoso
escreveu 23 livros. Os oito
anos como presidente produziram 16 volumes a serem
somados à sua biografia.
Em dezembro do ano passado, a Secretaria de Comunicação da Presidência mandou imprimir todos os pronunciamentos oficiais de
FHC de 1995 a 2002. São 16
livros -intitulados "Palavra
do Presidente"- com 3.000
impressões de cada um,
num total de 48 mil exemplares. Alguns volumes têm
quase 800 páginas.
"É uma tradição. Todos os
presidentes, à exceção de
Fernando Collor, fizeram isso", afirma João Roberto
Vieira da Costa, ex-secretário de Comunicação.
Costa afirma que os custos
foram reduzidos porque o
trabalho de editoração foi de
sua própria equipe, e a impressão feita na gráfica do
Senado Federal. A atual
equipe da Secretaria de Comunicação e a Secretaria de
Editoração do Senado informaram não dispor do custo
exato da publicação.
Destinados à distribuição
gratuita para universidades,
bibliotecas públicas e formadores de opinião, os livros
contêm de aulas magnas e
pronunciamentos em universidades de México, Portugal, Índia, Inglaterra e Estados Unidos a discursos de
improviso em solenidades,
como a que recebeu ciclistas
no Palácio do Planalto.
Na aula magna no Colégio
do México, em fevereiro de
1996, FHC dizia, por exemplo: "Sabemos hoje que não
existem mais fórmulas ideológicas que teçam com coerência os fios de uma realidade cambiante".
Esse tipo de reflexão aparece associada a afirmações
informais do então presidente: "Gosto de bicicletas.
Hoje, já não tenho mais possibilidades, mas, no Rio de
Janeiro, quando era menino,
andava muito de bicicleta".
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