DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A oposição marcou de perto a viagem da caravana da miséria ao Nordeste e a Minas Gerais. Ontem, no site do PSDB, o presidente nacional da sigla, José Aníbal (SP), desfiou uma série de ações realizadas nos locais visitados pela caravana para tentar mostrar quer o governo anterior não foi omisso e começou efetivamente o combate à exclusão social.
Segundo Aníbal, Lula foi conhecer "programas de combate à miséria que foram iniciados" por Fernando Henrique Cardoso "para combater cinco séculos de atraso, abandono e desesperança". A equipe técnica do PSDB compilou os números apresentados pelo deputado federal, que no ano passado disputou uma vaga no Senado por São Paulo, mas acabou ficando apenas em quarto lugar.
Na vila Irmã Dulce, em Teresina (PI), primeira parada da caravana, os tucanos afirmam que existem 550 mulheres e crianças que recebem Bolsa-Alimentação e o Vale-Gás; além disso, 50 jovens seriam atendidos pelos programas de Peti (erradicação de trabalho infantil) e Agente Jovem, além de contar com três equipes do programa Saúde da Família.
Em Recife (PE), o programa Bolsa-Escola atenderia 15.392 famílias. O Bolsa-Alimentação atingiria 21.136 crianças. Os investimentos na saúde pública teriam aumentado 87,8% entre 1977 e 2001. Em Itinga (MG), no Vale do Jequitinhonha, última parada da caravana, o PSDB destaca, entre outras coisas, que tirou do trabalho infantil 300 crianças, além de ações do Projeto Alvorada.
"Como disse Fernando Henrique, os primeiros passos para a erradicação da fome e da miséria já foram dados", conclui José Aníbal. "O presidente Lula faz muito em mostrar isso ao país. Esperamos e confiamos que ele avance nessa luta. Terá o apoio de todos nós", declara Aníbal no site.
O PSDB pretende monitorar permanentemente as ações do governo Lula e discuti-las no site do partido na internet (www.psdb.org.br). Para tanto constituiu uma equipe técnica da qual fazem parte ex-integrantes do governo. Sempre que julgar necessário, também tentará fazer o contraponto entre ações de Lula e FHC, como fez com a viagem da caravana da miséria.


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