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TRANSPORTES
Anderson Adauto também estaria envolvido em esquema, diz revista
Ministro nomeia acusado em CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Anderson Adauto
(Transportes) nomeou ontem
Sérgio José de Souza seu assessor
especial no ministério.
O nomeado, segundo a última
edição da revista "IstoÉ", estaria
envolvido em esquema de desvio
de dinheiro da Prefeitura de Iturama (MG). O esquema também
envolveria, segundo a revista, o
próprio ministro dos Transportes
e Aelton José de Freitas, que assumiu a vaga do vice-presidente José Alencar no Senado.
O ministro estava escalado para
a viagem ao semi-árido, mas não
integrou a comitiva. Ficou ontem
despachando em seu gabinete, no
ministério. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também assina a
nomeação do assessor.
De acordo com a reportagem da
revista, mais de R$ 4 milhões teriam sido desviados dos cofres da
prefeitura em um esquema envolvendo os fornecedores do município nos últimos seis meses do
ano de 1996. Na ocasião, informa
a revista, era prefeito da cidade
Aelton José de Freitas (PL).
A matéria informa que existe
uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) instaurada na Câmara Municipal de Iturama sobre
o assunto. A reportagem informa
que 32 empresas fantasmas se beneficiavam do esquema.
Ainda de acordo com a "IstoÉ",
a CPI teria descoberto que na administração de Aelton José de
Freitas teriam sido realizadas operações com notas fiscais frias, recibos de depósitos bancários falsificados, licitações irregulares ou
fraudulentas e obras ou serviços
não realizados, usando "laranjas"
e empresas fantasmas.
O ministro Anderson Adauto
aparece quando a reportagem trata da empresa Líder Engenharia
Empreendimento Ltda. Essa empresa teria recebido quatro cheques - de R$ 11,5 mil, de R$ 22,5
mil, de R$ 9.300 e de mais R$ 11,5
mil, os dois primeiros do Banco
do Brasil e os outros do Bemge.
A revista informa que, segundo
o relatório da CPI, a Líder não teria alvará de funcionamento.
Além disso, seu endereço seria o
mesmo do escritório político do
ministro Anderson Adauto em
Uberaba (MG).
Sérgio José de Souza, assessor
especial nomeado ontem pelo ministro aparece como sócio da CPA
Consultoria e Planejamento. Essa
empresa teria sede no mesmo endereço onde funciona o escritório
de Anderson Adauto.
Segundo a "IstoÉ", a CPA, em
1996, teria sido contratada pela
prefeitura, sem licitação, para
uma consultoria de "elaboração
de análise e diagnóstico da atual
estrutura administrativa e funcional da prefeitura municipal de
Iturama", por R$ 260 mil.
De acordo com a reportagem,
em setembro de 1997 o caso foi
enviado ao Ministério Público, ao
Tribunal de Justiça e à Assembléia
Estadual de Minas. A revista informa que, nessa época, a Assembléia era presidida por Adauto.
Hoje, segundo a revista, cópia do
relatório da CPI já se encontra na
Corregedoria do Senado.
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