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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
Reação imediata
Mesmo elogiando a iniciativa dos governadores do
Sudeste de se reunirem para tratar da segurança, a
Presidência vê a ação como uma tentativa de empurrar o problema para a esfera federal. "De certa forma,
é uma tentativa de jogar a coisa no colo do governo, o
que é compreensível", afirma o ministro Jorge Félix,
do Gabinete de Segurança Institucional. "Mas a solução para a segurança é de mão dupla."
O Planalto ainda estuda a longa lista de reivindicações. Mas não quer aceitar sozinho o ônus pela violência nas grandes cidades. De cara, uma das propostas
que devem ser ignoradas é a de criar algum mecanismo que proíba o contingenciamento de recursos para
a área, incluída por sugestão de José Serra (PSDB).
DNA. Para evitar que a divisão entre oposicionistas e lulistas atrapalhasse a reunião dos governadores do Sudeste, Paulo Hartung (ES) fez questão de lembrar que, em momentos diferentes, os quatro já haviam estado juntos tanto no PSDB quanto no PMDB.
Volto já. A reunião no Rio foi o último compromisso de Aécio Neves antes de férias de 10 dias. O tucano viajou com a filha para os EUA e passou o cargo a Antonio Anastasia.
Cautela. O governo justifica a demora em liberar o uso da Força Nacional para o Rio dizendo que são necessários alguns passos preliminares. Um deles é a unificação do banco de dados do Detran local com o cadastro nacional, para evitar que carros roubados sejam usados por criminosos.
Nem aí 1. Na contramão do que pregam especialistas e entidades do setor, o ministro Walfrido dos Mares Guia diz que os ataques no Rio vão afetar mais o turismo doméstico do que o internacional.
Nem aí 2. Dados da pasta mostram que só 12% dos estrangeiros que vão ao Rio reclamam de falta de segurança. Sinalização e limpeza urbana recebem mais queixas.
Concertação. Para agüentar o ritmo da costura da coalizão e da disputa na Câmara, Tarso Genro contratou um personal trainer. O ministro gosta de malhar bem cedo, em uma academia de Brasília.
O mundo gira. Em fase
de lua de mel com o PT, o deputado eleito Paulo Maluf
(PP-SP) prometeu que vai
apoiar Arlindo Chinaglia (SP)
para a presidência da Câmara.
É com ela. Já Clodovil
Hernandez (PTC-SP) defende a candidatura de Luiza
Erundina (PSB-SP). "Ela é
honesta. O Brasil precisa de
mulheres no comando."
Questionado se já foi procurado por Aldo ou Chinaglia, dispara: "Eles não se atrevem".
Balcão. Um dos mentores
do apoio do PMDB a Chinaglia, o líder da bancada, Wilson Santiago (PB), deve ser
recompensado com a poderosa primeira-secretaria, que
cuida da estrutura da Casa.
Entre amigos. O PFL, que
deu trabalho a Geraldo Alckmin nos dois últimos anos de
mandato, indicará Estevam
Galvão para a liderança na Assembléia Legislativa paulista.
O deputado é afinado com o
governador José Serra.
Resuminho. Serra restabeleceu o clipping de notícias do
governo paulista, extinto pelo
antecessor Cláudio Lembo
(PFL) sob o argumento de que
seus secretários precisavam
ler os jornais por inteiro.
Chamego. Após a polêmica
sobre o fornecimento de gás à
siderúrgica do Pecém, representantes da Petrobras estiveram ontem com o secretário da Fazenda do Ceará,
Mauro Filho, para discutir
projetos que evolvem injeção
de R$ 412 milhões no Estado.
Bênção. Fora do PPS, Blairo
Maggi pretende ouvir Lula
antes de escolher sua nova filiação partidária. O governador de Mato Grosso está entre
o PR (ex-PL) e o PSB.
Tiroteio
"É o PMDB de sempre: só metade decide,
de olho na "reserva de mercado" que é a
presidência da Câmara daqui a dois anos".
Do deputado CHICO ALENCAR (PSOL-RJ) sobre o apoio peemedebista a
Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pelo comando da Casa.
Contraponto
Santo remédio
Escalado para falar após Hélio Bicudo e Alberto Goldman (PSDB) num seminário sobre "As eleições de 1974 e
a Democratização do País", realizado em 2004 no Instituto FHC, o ex-vice-presidente Marco Maciel (PFL) notou
que os dois haviam praticamente esgotado o assunto.
Decidiu, então, começar sua fala contando que, certa
vez, fora homenageado pela Câmara de Tacaimbó (PE).
Todos falaram, menos o vereador que o convidara.
-Perguntei se ele não daria uma palavrinha. E ele respondeu: "Não, prefiro ficar de expectorante".
O pefelista ameaçou encerrar ali sua intervenção, provocando risos dos presentes.
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