São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

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Painel

VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br

Reação imediata

Mesmo elogiando a iniciativa dos governadores do Sudeste de se reunirem para tratar da segurança, a Presidência vê a ação como uma tentativa de empurrar o problema para a esfera federal. "De certa forma, é uma tentativa de jogar a coisa no colo do governo, o que é compreensível", afirma o ministro Jorge Félix, do Gabinete de Segurança Institucional. "Mas a solução para a segurança é de mão dupla."
O Planalto ainda estuda a longa lista de reivindicações. Mas não quer aceitar sozinho o ônus pela violência nas grandes cidades. De cara, uma das propostas que devem ser ignoradas é a de criar algum mecanismo que proíba o contingenciamento de recursos para a área, incluída por sugestão de José Serra (PSDB).

DNA. Para evitar que a divisão entre oposicionistas e lulistas atrapalhasse a reunião dos governadores do Sudeste, Paulo Hartung (ES) fez questão de lembrar que, em momentos diferentes, os quatro já haviam estado juntos tanto no PSDB quanto no PMDB.

Volto já. A reunião no Rio foi o último compromisso de Aécio Neves antes de férias de 10 dias. O tucano viajou com a filha para os EUA e passou o cargo a Antonio Anastasia.

Cautela. O governo justifica a demora em liberar o uso da Força Nacional para o Rio dizendo que são necessários alguns passos preliminares. Um deles é a unificação do banco de dados do Detran local com o cadastro nacional, para evitar que carros roubados sejam usados por criminosos.

Nem aí 1. Na contramão do que pregam especialistas e entidades do setor, o ministro Walfrido dos Mares Guia diz que os ataques no Rio vão afetar mais o turismo doméstico do que o internacional.

Nem aí 2. Dados da pasta mostram que só 12% dos estrangeiros que vão ao Rio reclamam de falta de segurança. Sinalização e limpeza urbana recebem mais queixas.

Concertação. Para agüentar o ritmo da costura da coalizão e da disputa na Câmara, Tarso Genro contratou um personal trainer. O ministro gosta de malhar bem cedo, em uma academia de Brasília.

O mundo gira. Em fase de lua de mel com o PT, o deputado eleito Paulo Maluf (PP-SP) prometeu que vai apoiar Arlindo Chinaglia (SP) para a presidência da Câmara.

É com ela. Já Clodovil Hernandez (PTC-SP) defende a candidatura de Luiza Erundina (PSB-SP). "Ela é honesta. O Brasil precisa de mulheres no comando." Questionado se já foi procurado por Aldo ou Chinaglia, dispara: "Eles não se atrevem".

Balcão. Um dos mentores do apoio do PMDB a Chinaglia, o líder da bancada, Wilson Santiago (PB), deve ser recompensado com a poderosa primeira-secretaria, que cuida da estrutura da Casa.

Entre amigos. O PFL, que deu trabalho a Geraldo Alckmin nos dois últimos anos de mandato, indicará Estevam Galvão para a liderança na Assembléia Legislativa paulista. O deputado é afinado com o governador José Serra.

Resuminho. Serra restabeleceu o clipping de notícias do governo paulista, extinto pelo antecessor Cláudio Lembo (PFL) sob o argumento de que seus secretários precisavam ler os jornais por inteiro.

Chamego. Após a polêmica sobre o fornecimento de gás à siderúrgica do Pecém, representantes da Petrobras estiveram ontem com o secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Filho, para discutir projetos que evolvem injeção de R$ 412 milhões no Estado.

Bênção. Fora do PPS, Blairo Maggi pretende ouvir Lula antes de escolher sua nova filiação partidária. O governador de Mato Grosso está entre o PR (ex-PL) e o PSB.

Tiroteio

"É o PMDB de sempre: só metade decide, de olho na "reserva de mercado" que é a presidência da Câmara daqui a dois anos".
Do deputado CHICO ALENCAR (PSOL-RJ) sobre o apoio peemedebista a Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pelo comando da Casa.

Contraponto

Santo remédio

Escalado para falar após Hélio Bicudo e Alberto Goldman (PSDB) num seminário sobre "As eleições de 1974 e a Democratização do País", realizado em 2004 no Instituto FHC, o ex-vice-presidente Marco Maciel (PFL) notou que os dois haviam praticamente esgotado o assunto.
Decidiu, então, começar sua fala contando que, certa vez, fora homenageado pela Câmara de Tacaimbó (PE). Todos falaram, menos o vereador que o convidara.
-Perguntei se ele não daria uma palavrinha. E ele respondeu: "Não, prefiro ficar de expectorante".
O pefelista ameaçou encerrar ali sua intervenção, provocando risos dos presentes.


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