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OPERAÇÃO ANACONDA
MP discorda
Delegado da PF depõe, e defesa comemora
DA REPORTAGEM LOCAL
Os defensores dos presos pela
Operação Anaconda comemoraram o depoimento do delegado
da PF Élzio Vicente da Silva, autor
do relatório da apuração. Segundo eles, Silva repetiu maquinalmente o que escreveu e mostrou
não haver provas -só indícios.
Daniela Regina Pellin disse que
um dos nomes menos citados para a desembargadora Therezinha
Cazerta foi o do juiz João Carlos
da Rocha Mattos, seu cliente.
Segundo ela, Silva não trouxe
provas. "Tudo que falou é de ouvi
dizer. Não havia informações que
confirmassem a acusação de que
existia uma quadrilha."
Aparecido Franco, que atua para o agente da PF César Herman
Rodriguez, classificou o delegado
de "laranja". "Ele não tinha conhecimento de quase nada. Nem
foi checar as informações que obteve pelas escutas telefônicas."
Silva entrou para a Operação
Anaconda em 17 de outubro de
2003, 12 dias antes do início das
apreensões. Para a procuradora
Luiza Frischeisen, as informações
do delegado confirmam a acusação de formação de quadrilha. "A
defesa trabalha muito com a tradição de testemunho oral e isso
não é necessário. As provas documentais são irrefutáveis."
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