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Painel
Ponto crucial
É só um teste a votação do texto base da reforma da Previdência hoje na Câmara. A batalha
mesmo deve se dar em torno do
destaque da oposição que suprime do texto a idade mínima para
aposentadoria (55 anos para
mulheres e 60 para homens).
Medo eleitoral
Ao propor destaque de votação em separado suprimindo a
idade mínima para aposentadoria, a oposição obriga FHC a ter
308 votos para mantê-la. Há governistas que temem perder votos na eleição se a mantiverem.
Aneel atrás do prejuízo
Para o senador Amin (PPB), os
problemas com a Light e a Cerj
reforçam a tese de que, primeiro, deve se fortalecer um órgão
regulador para depois privatizar
um setor. "Privatização só para
fazer caixa não funciona."
Pano pra manga
A diretoria da Aneel vai explicar hoje na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,
atendendo a requerimento de
Amin, o que está fazendo a respeito da falta de luz no Rio.
Justificativa oficial
O secretário Fábio Feldmann
(Meio Ambiente) diz que dispensou o Parque Aquático
Wet'n'Wild, em Louveira (SP),
de relatório e estudo de impacto
ambiental por não haver "significativo impacto ambiental".
Um serviço para o Serjão
Relator da reforma da Previdência, Arnaldo Madeira avalia
que o governo ainda pode aumentar a margem de segurança
para a aprovação da emenda.
"Só no PSDB há dez deputados
que podem ser trabalhados."
Fora da realidade
O líder do governo, Luís
Eduardo Magalhães, não aceita
retirar o redutor de 30% da aposentadoria de servidores. "Na
Alemanha, a maior aposentadoria é de R$ 4,5 mil. Aqui, vamos
aprovar um teto de R$ 12 mil.
Estamos fora da realidade."
Força do hábito
Um dos principais opositores
da reforma da Previdência, Arnaldo Faria de Sá (PPB) foi vaiado ontem por um sindicalista no
aeroporto de Brasília. Foi difícil
convencê-lo que, desta vez, os
dois estão do mesmo lado.
Fator prefeitos
Reinhold Stephanes (Previdência) aposta na pressão dos
prefeitos sobre os deputados para aprovar a reforma da Previdência. Segundo o ministro, os
prefeitos não suportam mais pagar aposentadorias precoces.
Costura baiana
Maluf e Jorge Bornhausen
(PFL) almoçaram juntos ontem
na casa de Afif Domingos, em
São Paulo. Anteontem, Afif esteve em Brasília com ACM, que
defende aliança com Maluf na
eleição paulista. Bornhausen,
porém, ainda prefere esperar.
Isto é PFL
No PSDB paulista, circulou
que Jorge Bornhausen, que reassumirá em março a presidência
do PFL, se reuniu ontem com
Covas após almoço com Maluf.
Alto nível
Do deputado João Leão
(PSDB-BA), inimigo de ACM na
política baiana, sobre o furto
que ocorreu no apartamento do
cacique pefelista em Salvador no
último sábado: "Esse ladrão vai
ter cem anos de perdão".
Ringue no Senado
Júlio Campos (PFL) diz que
Carlos Bezerra faz "ofertas financeiras" a prefeitos do Mato
Grosso para que ingressem no
PMDB e o apóiem para governador. "É o Silvio Santos do Mato
Grosso. Sai pelo Estado perguntando: 'Quem quer dinheiro?"'
Devem ter seus motivos
Tucanos inocentes perguntam
por que policiais que ficaram ricos com empresas de segurança
privada não deixam seus postos,
cuja remuneração julgam baixa.
Visita à Folha
O deputado Paulo Bernardo
(PT-PR), da Comissão de Orçamento, visitou ontem a Folha,
onde foi recebido em almoço.
O presidente da Associação
Paulista de Medicina, Eleuses
Paiva, visitou ontem a Folha.
Estava acompanhado do diretor
de comunicação, Vicente Gerardi.
TIROTEIO
De Jacques Wagner (PT-BA),
sobre o presidente da Câmara,
Michel Temer, dizer que quer
"sessão de parlamento inglês:
- Depois de ter deixado o
presidente da comissão da reforma da Previdência desrespeitar
os prazos regimentais, isso é impossível. A regra número um do
parlamento inglês é o respeito
ao relógio.
CONTRAPONTO
Apoio incômodo
Aécio Neves (MG), líder do
PSDB na Câmara, encontrou-se
na quinta passada com o deputado Marcelo Déda (PT-SE), de
quem é amigo.
O petista deveria disputar naquele dia a liderança de seu partido na Câmara.
A eleição, porém, acabou adiada por causa de uma confusão
na comissão especial da reforma
da Previdência.
Antes de saber do adiamento,
Aécio brincou com Déda:
- Você é o meu candidato a
líder do PT.
Déda entrou no jogo:
- Não fique repetindo isso
que você me atrapalha.
- Não atrapalho, não. Já falei
para a bancada do PT que tinha
candidato - disse Aécio.
- Rapaz, você tá maluco! -
falou Déda.
- Fui na bancada e declarei
apoio ao seu adversário - disse
Aécio, referindo-se a Miguel
Rossetto (RS), parlamentar da
ala radical do PT que concorria
com Déda.
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