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Garotinho se desentende
com aliados
LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio
O governador Anthony Garotinho (PDT) gastou os primeiros
cem dias em confrontos no Rio.
Entre os governadores de oposição, foi o principal artífice para
que o bloco discutisse com o presidente Fernando Henrique Cardoso os problemas dos Estados.
Sofreu críticas por seu bom relacionamento com FHC. Defendeu o
entendimento com o governo federal e conseguiu a revisão do contrato da dívida do Rio.
O relacionamento com adversários políticos foi melhor do que
com aliados. Caso de Leonel Brizola e do governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB). Sobre
ele, Garotinho foi claro. "Não falo
sobre esse senhor", disse.
Teve problemas com a base aliada na Assembléia Legislativa do
Rio. Aprovou decretos -como o
que criou um fundo previdenciário estadual- com folga. Mas a
maioria dos votos contrários veio
de partidos que o apóiam.
Resolveu reduzir preços de passagens de 47 linhas intermunicipais. As empresas desrespeitaram
a decisão, foi preciso usar a polícia
para cumprir o decreto -que está
sendo contestado judicialmente.
Na área de saúde, Garotinho
anulou o processo de terceirização
de sete hospitais e demitiu médicos que faltaram a plantões.
Fora casos pontuais, evitou demissões, embora a folha de pagamento gaste 78% da receita líquida
do Estado .
O confronto mais recente foi na
semana passada. Garotinho afastou o secretário de Segurança Pública, o general da reserva José Siqueira, que se desentendeu com o
subsecretário Luiz Eduardo Soares
-formulador do programa do governo na área.
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