São Paulo, domingo, 11 de abril de 1999

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Garotinho se desentende com aliados

LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio

O governador Anthony Garotinho (PDT) gastou os primeiros cem dias em confrontos no Rio.
Entre os governadores de oposição, foi o principal artífice para que o bloco discutisse com o presidente Fernando Henrique Cardoso os problemas dos Estados.
Sofreu críticas por seu bom relacionamento com FHC. Defendeu o entendimento com o governo federal e conseguiu a revisão do contrato da dívida do Rio.
O relacionamento com adversários políticos foi melhor do que com aliados. Caso de Leonel Brizola e do governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB). Sobre ele, Garotinho foi claro. "Não falo sobre esse senhor", disse.
Teve problemas com a base aliada na Assembléia Legislativa do Rio. Aprovou decretos -como o que criou um fundo previdenciário estadual- com folga. Mas a maioria dos votos contrários veio de partidos que o apóiam.
Resolveu reduzir preços de passagens de 47 linhas intermunicipais. As empresas desrespeitaram a decisão, foi preciso usar a polícia para cumprir o decreto -que está sendo contestado judicialmente.
Na área de saúde, Garotinho anulou o processo de terceirização de sete hospitais e demitiu médicos que faltaram a plantões.
Fora casos pontuais, evitou demissões, embora a folha de pagamento gaste 78% da receita líquida do Estado .
O confronto mais recente foi na semana passada. Garotinho afastou o secretário de Segurança Pública, o general da reserva José Siqueira, que se desentendeu com o subsecretário Luiz Eduardo Soares -formulador do programa do governo na área.



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