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NO AR
Antes da estação
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
NA GLOBO:
- O PFL da Bahia foi
amansado.
Na Globo News:
- O PFL cedeu.
Inocêncio Oliveira, o líder do
PFL:
- Nós deveremos rejeitar um
requerimento da oposição para
votar os R$ 177.
Por fim, Paulo Paim, o deputado do PT:
- Já sabíamos que o PFL ia
pegar o trem, abanar para a torcida, mas, antes da estação, ele
ia desembarcar.
O episódio do salário mínimo
terminou como mais um passo
no deliberado desgaste do poder
de ACM no governo, na mídia,
no Congresso.
Ontem, de quebra, os telejornais registravam que a Mesa do
Senado homologou a censura
que o senador baiano, junto
com Jader Barbalho, recebeu do
Conselho de Ética.
Para maquiar o dia difícil, saíram ontem uma nota de desagravo do PFL a ACM, que não
podia ser mais lacônica, conclamações de união do partido e
até uma esdrúxula comparação
com a UDN.
De repente, surgiu na televisão, ontem:
- Comissão mista do Congresso reduziu de 80% para
50% as áreas de proteção na
Amazônia. Se o projeto for
aprovado em plenário, semana
que vem, os proprietários rurais
poderão desmatar até 50% de
suas áreas.
A única reação vista na própria televisão, além das imagens
do protesto do Greenpeace, foi
um breve "mais um golpe" -do
Congresso.
A sensação, diante da cobertura da reunião com FHC, ontem, era de que o governo queria fazer com a Contag, em oposição ao MST, o que fez antes
com a Força Sindical, em oposição à CUT.
Mas Vicentinho, presidente da
CUT, apareceu para a reunião e
garantiu que a Contag não fosse
usada como "inocente útil", na
expressão dele.
De todo modo, o ministro
Raul Jungmann soltou todo um
pacote para o campo sem dar a
menor impressão, ao menos nos
telejornais, de que ele pudesse
ser uma resposta à violenta
pressão do MST.
E-mail - nelsonsa@uol.com.br
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