|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Terreno foi vendido antes, diz Serra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O pré-candidato do PSDB à
Presidência da República, o senador José Serra, disse ontem que o
terreno que tinha em sociedade
com o empresário espanhol Gregorio Marin Preciado foi vendido
em 25 de abril de 1995, não em setembro de 1995.
Serra e Marin eram sócios em
um terreno no Morumbi, bairro
nobre da zona oeste da cidade de
São Paulo, adquirido em 13 de fevereiro de 1981.
A operação, segundo Serra, está
registrada num "instrumento de
compra e venda", com um recibo
de sinal de R$ 28 mil mais quatro
parcelas mensais de igual valor.
Serra afirmou que este fato, de a
venda ter ocorrido em 25 de abril
de 1995, "compromete" a reportagem publicada pela Folha no seu
tópico que trata da venda do terreno que ele tinha em sociedade
com Marin.
"Compromete"
"Para mim, fica comprometida
e sem fundamento a reportagem a
respeito do terreno, baseada numa data errada, para tirar uma
conclusão absurda, relacionando
fatos sem conexão", disse o pré-candidato tucano. Na opinião do
senador, esse fato mostra que
nem ele nem Marin buscaram
vender o terreno tão logo o Banco
do Brasil começou a fazer um levantamento dos bens do empresário para a execução de dívidas.
Serra informou que o "instrumento de compra e venda" tem
firma de sua assinatura reconhecida no cartório de ofício de notas
de São Bernardo do Campo na
data de 25 de abril de 1995.
O senador informou que a escritura de venda do imóvel só foi registrada em 1º de setembro de
1995 porque o pagamento do terreno foi finalizado em agosto, já
que a venda foi feita em cinco parcelas. Já o registro no cartório de
imóveis foi feito no dia 19 de setembro daquele ano.
Arresto
Em 25 de julho de 95, quando as
empresas Gremafer e Aceto, de
propriedade de Marin, estavam
inadimplentes no Banco do Brasil, houve uma tentativa da instituição de arrestar bens pessoais
do empresário, inclusive o terreno que possuía em sociedade com
Serra.
Documentos do banco obtidos
pela Folha citam o caso e chegam
a mencionar o nome do presidenciável. A Justiça demorou a julgar
os pedidos de arrestos propostos
pelo Banco do Brasil.
A construtora Alfons Gehling &
Cia. Ltda. comprou a área por R$
140 mil e projetou no local um
prédio de 12 andares e dois subsolos, depois de adquirir um terreno
vizinho, totalizando 1.620 m2.
Texto Anterior: Caso também vai ser investigado por Procuradoria Próximo Texto: Para FHC, acusações não prejudicam Serra Índice
|