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Rossi diz que não apoiará Lula e oferece seu palanque a Ciro em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Pré-candidato do PL ao governo de São Paulo, Francisco Rossi
pode ser a solução para um dos
maiores problemas da campanha
presidencial de Ciro Gomes
(PPS), a falta de um palanque sólido no principal Estado do país.
"Estou tendendo a apoiar Ciro
Gomes na eleição presidencial e
dar a ele um bom palanque, porque temos ótimas relações", declarou Rossi.
Outra possibilidade -mais distante, segundo Rossi- seria
apoiar Anthony Garotinho. "O
problema é que acho que o PSB
terá candidato no Estado", disse.
Rossi atinge 15% em pesquisa
de intenções de voto do Datafolha
divulgada no final de fevereiro e
resolveria uma deficiência da candidatura de Ciro.
O PPS caminhava para o apoio
aos tucanos em São Paulo, e Ciro
contava pegar uma carona no palanque do governador Geraldo
Alckmin.
Com a "verticalização", no entanto, esse acerto ficou inviabilizado e o partido de Ciro busca,
com PTB e PDT, uma alternativa
para lançar ao governo. Sem nomes com densidade eleitoral, a
chamada "Frente Trabalhista"
admite que teria de lançar uma
candidatura para "marcar posição", o que daria pouca visibilidade ao presidenciável no Estado.
Rossi diz que, mesmo na hipótese de nacionalmente o PL apoiar
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele
não seguirá a orientação partidária. "A possibilidade de eu apoiar
o Lula é zero. Quando entrei no
partido, a direção nacional já sabia que eu teria autonomia para
decidir meu candidato presidencial", declarou.
A atitude do pré-candidato desagrada à cúpula do PL, segundo a
Folha apurou. Há algumas semanas, integrantes da direção do
partido comunicaram a Rossi que
preferiam que ele se lançasse à Câmara dos Deputados, já que o
projeto maior da legenda é elevar
sua bancada federal. O pré-candidato descarta a possibilidade.
"Minha vocação é o Executivo."
Já o PPS confirma que há contatos com Rossi. "É um nome com
muita simpatia no PPS, mas antes
é preciso ver se o PL não vai se coligar com outro candidato nacionalmente", diz o líder do PPS na
Câmara, João Herrmann (SP).
Ele ressalva, no entanto, que a
Frente Trabalhista ainda procura
um candidato próprio. "Esta
questão será decidida nas próximas semanas", diz.
O PT espera para os próximos
dez dias uma resposta definitiva
do PL quanto ao apoio formal a
Lula. "Continua de pé o objetivo
de marcharmos juntos. Estamos
nos esforçando ao máximo para
que isso ocorra", afirma o secretário-geral petista, Luiz Dulci.
(FÁBIO ZANINI)
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