São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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Fala "não tem nada a ver", diz Bruna Surfistinha

DA REDAÇÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

Rachel Pacheco, mais conhecida como Bruna Surfistinha, a autora de um best-seller sobre a época em que era garota de programa -ofício que ela abandonou- criticou a declaração do secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Dimas Barbosa, que comparou o "ficar" à prostituição.
"Não tem nada a ver. A garota de programa cobra. A menina que "fica" na balada só quer curtir". Ela afirmou que, hoje, já não "fica", pois namora firme. Mas não condena quem o faz. "É verdade que "ficar" é um lance totalmente sem sentimento. Mas não é por causa disso que é imoral."
Ela criticou ainda a oposição da Igreja à camisinha. "Sei que qualquer religião tem suas crenças, mas acredito que Deus não queira ver as pessoas morrendo de Aids."
A socióloga Gabriela Leite, ex-prostituta e diretora da Davida (ONG que luta pelos direitos das prostitutas) classificou de "infundada" a declaração de d. Dimas.
"A prostituição é uma profissão como qualquer outra. A prostituta ganha dinheiro realizando fantasias sexuais. "Ficar" é diferente, esse é o namoro moderno", afirmou.
Gabriela, que também é fundadora da grife Daspu, disse ainda que "a Igreja não consegue compreender a sexualidade, que deveria ser entendida como algo positivo." (ANGELA PINHO E VIVIAN MANNHEIMER)

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