|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REFORMAS
LDO deve ser votada antes do recesso
Convocação extra
divide governistas
da Sucursal de Brasília
A convocação extraordinária do
Congresso em julho para votar as
reformas constitucionais -em especial a administrativa, a previdenciária e o FEF (Fundo de Estabilização Fiscal)- divide a base
governista.
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), disse ontem que a suspensão do recesso parlamentar é
"inevitável". "Nós temos experiências anteriores de que a descontinuidade dos trabalhos não é
saudável." Inocêncio afirma ter
ouvido a mesma opinião do presidente Fernando Henrique Cardoso na semana passada.
"A reforma administrativa já estará no Senado e a previdenciária
terá voltado para a Câmara. Nós
precisamos desse mês para ganharmos o prazo de tramitação
das emendas", afirmou Inocêncio.
O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem que a
convocação não está sendo cogitada pelo presidente.
O líder do PMDB, deputado
Geddel Vieira Lima (BA), discorda. "Não vejo o menor sentido
nessa convocação", afirmou.
Para Geddel, o Congresso atrasou as votações por falta de mobilização e não será em um mês que
vai recuperar o tempo perdido.
"O mundo não acabou, nem vai
acabar por causa disso", afirmou.
Os líderes do governo na Câmara, Luís Eduardo Magalhães
(PFL-BA), e do PSDB, Aécio Neves
(MG), estão trabalhando para evitar a convocação extraordinária,
assim como o ministro Luiz Carlos
Santos (Assuntos Políticos). Luís
Eduardo quer concluir neste mês
todas as votações importantes.
Para Aécio, se a Câmara conseguir votar a reforma administrativa e o FEF até o final do mês, e o
Senado concluir a reforma previdenciária, não haverá necessidade
da convocação.
A Constituição estabelece que o
Congresso não pode entrar em recesso enquanto não aprovar a Lei
de Diretrizes Orçamentárias. "A
LDO está bem adiantada na Comissão Mista de Orçamento. Com
certeza, o plenário poderá votá-la
neste mês", disse Aécio.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|