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MERCADO DE VOTOS
Acusação é contra Motta
Comissão decide se
convoca ministro
da Sucursal de Brasília
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara deverá votar hoje a convocação do
ministro Sérgio Motta (Comunicações) para depor sobre a denúncia de compra de votos de deputados na votação da emenda da reeleição.
O ex-deputado João Maia (AC)
afirmou em conversa gravada que
o dinheiro para a compra de votos
de deputados do Acre teria saído
da "cota federal", que seria de responsabilidade de Motta.
Maia e o ex-deputado Ronivon
Santiago (AC), que tiveram conversas gravadas relatando a compra de votos, foram expulsos do
PFL. Posteriormente, para evitar
um processo de cassação, renunciaram aos seus mandatos.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) abriu processo de
cassação dos deputados Osmir Lima (PFL-AC), Zila Bezerra
(PFL-AC) e Chicão Brígido
(PMDB-AC), que tiveram os nomes citados nas gravações.
O requerimento de convocação
de Motta foi apresentado pelo presidente da comissão, Arlindo Chinaglia (PT-SP). "As gravações
merecem crédito. Foi com base nelas que o PFL expulsou os deputados", disse Chinaglia.
A comissão também deverá votar hoje um convite para que Paulo
de Tarso Venceslau preste depoimento sobre os contratos sem licitação feitos entre a empresa Cpem
e prefeituras do interior de São
Paulo.
Para Chinaglia e o deputado Luiz
Fernando (PSDB-AM), a subcomissão especial que vai apurar as
denúncias de irregularidades na
aplicação de verbas federais pelos
governos do Amazonas e do Acre
não tem instrumentos para aprofundar a investigação.
O objetivo dos dois deputados é
colher indícios que levem à abertura de inquérito pelo Ministério
Público ou à criação de uma CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito). A subcomissão não pode
quebrar os sigilos bancário e telefônico nem convocar os governadores ou outras pessoas envolvidas nas denúncias.
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