São Paulo, domingo, 11 de junho de 2000
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CPI João Alves terá de pagar multa Procurador denuncia "anão" do Orçamento DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O procurador da República José Cardoso denunciou o ex-deputado federal João Alves (BA) à Justiça Federal por crime contra a ordem tributária. Ele terá de pagar à Receita Federal uma multa de cerca de R$ 9,5 milhões. O ex-deputado ficou conhecido como um dos "anões" da Comissão do Orçamento durante a CPI do Orçamento (1993-1994). Ele renunciou no dia 25 de março de 1994 para escapar da cassação e da perda de direitos políticos, mas não voltou a se candidatar. A Comissão Parlamentar de Inquérito descobriu um esquema envolvendo o então deputado federal e "laranjas" que atuavam em seu nome. O esquema funcionava da seguinte forma, de acordo com a CPI: dinheiro obtido por meio de desvio de recursos do Orçamento (do qual o então deputado João Alves foi o relator no Congresso até 1991) entrava em uma empresa chamada WS Turismo. "Laranjas" Da empresa, a verba era repassada para quatro contas de "laranjas" de Alves, segundo a comissão. De lá, o dinheiro era lavado com bilhetes premiados de loterias (o então deputado alegava ter recebido mais de 200 prêmios) e depois repassado para Alves. A queixa-crime do procurador Cardoso foi feita à Justiça anteontem. Além de ter de pagar a multa à Receita Federal, o procurador quer que João Alves responda também por crime de improbidade administrativa, por ter, de acordo com ele, cometido os delitos enquanto estava exercendo mandato parlamentar. As penas para crime de improbidade administrativa incluem proibição de ocupar função pública durante oito anos e o pagamento em dobro do valor da multa que foi aplicada ao réu. Texto Anterior: Credibilidade está na pauta Índice |
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