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São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2003
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PAINEL Despersonalizar a crítica O governo pressionou sindicatos de servidores a modificar o trajeto da marcha que será realizada hoje em Brasília contra a reforma da Previdência. Não queria que o protesto passasse pela porta do Palácio do Planalto, a fim de evitar cenas negativas para a imagem de Lula. Sem perder a ternura Líderes do movimento de servidores diziam na noite de ontem que não aceitariam modificar o trajeto da marcha para preservar a imagem presidencial. Pretendiam, inclusive, exigir uma audiência com Lula. Ao pé do ouvido Lula está convidando as diversas tendências do PT para conversas separadas no Planalto. O presidente quer minar os focos de resistência às reformas. Morde e assopra A tática do Planalto para "unir" a bancada do PT é combinada. Enquanto José Dirceu (Casa Civil) espalha ameaças de demissões e cortes de verbas, Lula tenta ganhar a base com muita conversa, gestos de afeto e de carinho e boa comida. Carrossel partidário De oito a dez deputados do PSDB deverão deixar a sigla para se filiar à base de Lula. Os destinos preferenciais são o PP (ex-PPB), o PTB ou um novo partido. Em contrapartida, de quatro a seis parlamentares de siglas que apóiam o governo negociam sua filiação ao tucanato. Prestígio abalado Antero Paes de Barros (MT) deixou a vice-liderança do PSDB. O senador não engoliu o fato de o partido ter trabalhado contra a instalação do seu pedido de CPI do Banestado. Mera coincidência Beto Albuquerque (PSB) já colheu 103 assinaturas (das 171 necessárias) para abrir CPI sobre o que qualifica de "estado caótico" das rodovias federais. O único partido que ainda não aderiu é o PMDB, de Eliseu Padilha, ex-ministro dos Transportes. Eterna rotina Três governadores brasileiros estão em Washington esta semana atrás do dinheiro de organismos financeiros internacionais. Lúcio Alcântara (CE), Geraldo Alckmin (SP) e Joaquim Roriz (DF) disputam os cofres do Banco Mundial e do BID para projetos em seus Estados. Cada um por si Roriz levou uma comitiva de 12 pessoas para passar uma semana nos EUA. Até o ex-embaixador em Washington Paulo Tarso Flecha de Lima o acompanha. Mas é Alckmin quem deverá sair-se melhor. Acerta mais US$ 209 milhões com o Banco Mundial para o Metrô. Facilitar a investigação João Paulo (Câmara) deverá desarquivar hoje projeto de Robson Tuma (PFL) que prevê a criação de um cadastro nacional de correntistas. Considera que a proposta pode auxiliar no combate à lavagem de dinheiro. Lição de casa O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) está levando Gilberto Maggioni (PMN), prefeito que o sucedeu em Ribeirão Preto (SP), para o PT. Linha ocupada Juízes do trabalho ouviram ontem um desabafo de José Pimentel, relator da reforma da Previdência, ao questionarem o motivo de o governo não ter discutido o tema com o Judiciário: "Liguei para o Marco Aurélio (então presidente do STF) e ele nem se dignou a me atender". Visita à Folha Paulo Antônio Skaf, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Fernando Greiber, diretor da Abit e do Grupo Brasil, de Helcio Honda, superintendente do Departamento Jurídico da Abit, e de Antonio Salvador Silva, presidente da Casa da Imprensa. TIROTEIO De João Herrmann (PPS-SP), sobre Palocci e os juros: - Palocci é leitor da Bíblia, não é teólogo. Quer cumprir a cartilha sem risco algum. Somente quando o horizonte estiver definido haverá espaço para a queda dos juros. CONTRAPONTO Pé-de-valsa
Na palestra que fez anteontem
no Fórum Brasil-África, em Fortaleza, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) convidou à mesa a embaixadora da Costa do Marfim, Colette Galilé Lambin. Sentaram-se lado a lado e, durante toda a palestra, Suplicy a citou. |
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