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São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2003

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OUTRO LADO

Ministérios culpam pendências de FHC e processos lentos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, considera "normal" o ritmo dos investimentos até aqui da pasta, a única a registrar 0% de pagamentos até 30 de maio.
"Nos últimos 200 anos foi assim", disse Cassel. Ele argumenta que os processos de desapropriação de terras para a reforma agrária são demorados, e o dinheiro só deverá ser liberado perto do fim do ano. "O ritmo lento é um problema da reforma agrária", completou.
Um problema comum dos ministérios que registram um pequeno volume de gastos é a combinação do aperto fiscal com os pagamentos pendentes deixados pelo governo anterior.
No Ministério dos Transportes, o limite de gastos fixado após o corte de fevereiro mal dava para pagar as contas pendentes dos anos anteriores. A saída do ministro Anderson Adauto foi negociar o pagamento dos atrasados em duas parcelas. Os empreiteiros só verão metade do dinheiro no ano que vem, segundo acordo fechado para o ministro.
Adauto foi quem mais recebeu dinheiro na primeira leva de desbloqueio de gastos. Contra o fato de que gastou menos do que o valor já liberado, a equipe de Adauto alega que a pasta foi a que mais comprometeu verbas com investimentos -ou "empenhou", como se diz no jargão técnico. O empenho é o ato que precede os pagamentos.
No Ministério das Cidades ocorre algo parecido. Segundo a secretária-executiva, Ermínia Maricato, o ministério preferiu concluir 1.670 obras deixadas incompletas pelo governo FHC a iniciar novas obras. (M.S.)


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