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OUTRO LADO
Ministérios culpam pendências de FHC e processos lentos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-executivo do
Ministério do Desenvolvimento Agrário, Guilherme
Cassel, considera "normal"
o ritmo dos investimentos
até aqui da pasta, a única a
registrar 0% de pagamentos
até 30 de maio.
"Nos últimos 200 anos foi
assim", disse Cassel. Ele argumenta que os processos
de desapropriação de terras
para a reforma agrária são
demorados, e o dinheiro só
deverá ser liberado perto do
fim do ano. "O ritmo lento é
um problema da reforma
agrária", completou.
Um problema comum dos
ministérios que registram
um pequeno volume de gastos é a combinação do aperto fiscal com os pagamentos
pendentes deixados pelo governo anterior.
No Ministério dos Transportes, o limite de gastos fixado após o corte de fevereiro mal dava para pagar as
contas pendentes dos anos
anteriores. A saída do ministro Anderson Adauto foi negociar o pagamento dos
atrasados em duas parcelas.
Os empreiteiros só verão
metade do dinheiro no ano
que vem, segundo acordo fechado para o ministro.
Adauto foi quem mais recebeu dinheiro na primeira
leva de desbloqueio de gastos. Contra o fato de que gastou menos do que o valor já
liberado, a equipe de Adauto
alega que a pasta foi a que
mais comprometeu verbas
com investimentos -ou
"empenhou", como se diz
no jargão técnico. O empenho é o ato que precede os
pagamentos.
No Ministério das Cidades
ocorre algo parecido. Segundo a secretária-executiva,
Ermínia Maricato, o ministério preferiu concluir 1.670
obras deixadas incompletas
pelo governo FHC a iniciar
novas obras.
(M.S.)
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