São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Depois do São João
O impasse na instalação da CPI da Petrobras deve se
estender para além deste feriado. Governo e oposição
já estimam que uma saída para a (conveniente) dificuldade só virá depois dos festejos do São João, no
próximo dia 24. Entre os poucos oposicionistas que
ainda levam a sério a apuração de denúncias sobre a
estatal, o desânimo é tanto que já se prevê tudo continuar na mesma até o recesso de julho. Olha a cobra! Para relaxar a tensão, oposicionistas e governistas vão confraternizar amanhã na festa junina promovida pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra, em sua fazenda em Limoeiro (PE). Jus esperniandi. Mas a oposição, que precisa manter publicamente a disposição de ver funcionando a CPI da Petrobras, deve recorrer ao STF para garantir a instalação. Novilíngua. Título de notícia sobre os atos administrativos secretos, na página do Senado na internet: "Sarney diz que boletins são publicados com transparência". Oh, vida... A denúncia dos atos secretos, com benesses para familiares e amigos de senadores, levou Efraim Morais (DEM-PB) a se queixar de que sua gestão na primeira-secretaria não sai do noticiário, embora suspeitas recaiam também sobre o período imediatamente anterior, de Romeu Tuma (PTB-SP). Opções. De Lula, respondendo em tom bem-humorado a ministros que faziam graça a respeito de seu longo encontro a sós com o governador paulista: "A Dilma sabe que o Serra é o meu Plano B". Momento verde. Antes da reunião com Lula, o palmeirense Serra encontrou o ex-jogador Mazzola, que atuou na equipe do Parque Antarctica e na seleção de 1958. Também ele foi recebido pelo presidente ontem. Cada um na sua. Procurado por Gilberto Carvalho e Marcelo Déda para discutir a candidatura de José Eduardo Dutra à presidência do PT, o ministro Tarso Genro (Justiça) topou a conversa, mas deixou claro que seu grupo, a Mensagem, tem José Eduardo Cardozo na disputa. Na trave 1. Os tucanos tiveram de correr para evitar que, graças a uma tabelinha entre o líder do PT, Cândido Vaccarezza, e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), fosse criada uma comissão para apurar o confronto entre a PM paulista e estudantes e grevistas da USP. Na trave 2. A pedido do petista, Temer pôs em votação requerimento do líder do PSOL, Ivan Valente (SP). O líder do PSDB, José Aníbal (SP), não estava presente. Tucanos tiveram de se descabelar para derrubar a proposta. Spam. Os correios eletrônicos e telefones da Presidência estão entupidos de protestos articulados de militantes ambientalistas exigindo o veto de todas as modificações feitas pelo Congresso na medida provisória 458, de regularização fundiária na Amazônia. Custo Brasil. Lula elogiou a decisão de Michel Temer de reduzir a possibilidade de "contrabandos" nas MPs. Em reunião com o ministro José Múcio (Relações Institucionais) e líderes do governo no Congresso, disse que o custo financeiro desses enxertos é, no geral, elevadíssimo. Não vale. No mesmo dia da crítica de Lula às "caronas", o Executivo enviou ao Congresso nova medida provisória, a 464, que trata de dois assuntos absolutamente diferentes. com VERA MAGALHÃES e LETÍCIA SANDER Tiroteio "Em matéria de 300, eu tenho mais orgulho dos 300 guerreiros de Esparta." Do líder do PSDB, ARTHUR VIRGÍLIO (AM), sobre cerca de 300 atos administrativos secretos do Senado. Contraponto Siga o chefe
Ministros que tinham reunião com Lula na tarde ontem
aguardaram pacientemente o final do encontro de mais
de uma hora entre o presidente e José Serra. Ao sair, o
governador paulista conversou com cada um deles. |
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