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Base aliada adia início de CPI pela terceira vez
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Senadores dos partidos aliados ao governo conseguiram
adiar, pela terceira vez, o início
dos trabalhos da CPI da Petrobras. Ontem apenas os senadores de oposição (dois do PSDB e
e um DEM) marcaram presença no encontro que serviria para escolher o presidente e o relator da comissão.
O atraso atende aos interesses do Palácio do Planalto. Senadores governistas que integram a CPI afirmam que só
participarão de nova reunião se
a oposição devolver o posto de
relator da CPI das ONGs, que
pertencia ao congressista da
base aliada do governo Inácio
Arruda (PC do B-CE).
Instalada há quase dois anos,
a CPI das ONGs reuniu dados
para investigar os convênios
firmados entre a Petrobras e
entidades do terceiro setor.
Há duas semanas, a oposição
tomou dos governistas a relatoria da comissão. Líder do PSDB
no Senado, Arthur Virgílio
(AM) ficou com o posto que antes era de Arruda.
A líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC),
afirmou ontem que conversou
com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva sobre o impasse
nas CPIs do Senado.
Também participaram da
conversa o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS),
e o líder do governo no Senado,
Romero Jucá (PMDB-RR).
"Independentemente da vacância ou não da relatoria da
CPI, no meu entendimento o
acordo pactuado que valeu para
a substituição da presidência
da comissão valeria também
para a indicação do relator.
Mesmo que o senador Arruda
tivesse se retirado da CPI, caberia à base do governo indicar o
seu substituto", disse Jucá.
Os três congressistas ameaçam travar todas as comissões
de inquérito do Congresso se a
oposição não devolver a relatoria da CPI das ONGs.
O senador tucano Arthur
Virgílio já avaliava ontem possibilidade de a oposição ceder à
pressão governista a fim de não
inviabilizar outras comissões
do Congresso.
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