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OPERAÇÃO SATIAGRAHA
Juiz impede que De Sanctis tenha acesso a dados sigilosos
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz federal Ali Mazloum, responsável pelo processo aberto para averiguar
vazamento de informações
na Operação Satiagraha, recusou, na última segunda-feira, os pedidos do juiz federal Fausto De Sanctis e do
procurador da República Rodrigo de Grandis para terem
acesso aos dados sigilosos
que integram o processo.
Em decisão tomada em
maio, Mazloum escreveu
que o juiz e o procurador trocaram telefonemas, entre fevereiro e agosto de 2008,
com o delegado da Polícia
Federal Protógenes Queiroz,
coordenador da Satiagraha.
No entender de Mazloum,
as supostas ligações seriam
motivo para abertura de procedimentos no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e no
CNMP (Conselho Nacional
do Ministério Público).
Em entrevista à imprensa,
em maio, De Grandis disse
que contatos, se ocorreram,
nada significam de irregular,
pois o delegado era o responsável pelo cumprimento de
várias decisões judiciais tomadas antes, durante e depois da operação. De Sanctis
preferiu não comentar.
Mazloum também recusou o pedido feito pelo empresário Luís Roberto Demarco para ter acesso aos dados sob sigilo. Em maio, Mazloum escreveu que Protógenes trocou telefonemas com
a empresa de Demarco, a
Nexxy Capital. O empresário
e o delegado negaram tais telefonemas.
(RUBENS VALENTE)
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