da Agência Folha, em Apuí

A reforma agrária nos projetos Juma e Acari apresenta sérios problemas porque, desde 95, houve forte pressão migratória na área. Sem-terra de diversas regiões do país, sobretudo garimpeiros, se deslocaram para a área em busca dos créditos de implantação fornecidos pelo Incra.
Segundo o superintendente regional do Incra no Amazonas, Tasso Calado, a pressão dos movimentos sociais fez com que o cadastro de famílias sem terra a serem assentadas tivesse de ser alterado.
A sede do Incra foi invadida, funcionários foram feitos reféns e o órgão teve de aceitar a inclusão de cerca de 2.000 famílias sobre as quais não dispunha de referências seguras que indicassem a vocação para trabalhar no campo. Segundo o superintendente, esses garimpeiros abandonaram os lotes.
"A pressão do movimento social comprometeu o planejamento e gerou a falta de controle do Incra na atualidade", afirmou. Atualmente, o Incra só reassenta famílias sem terra se elas assumirem o débito dos inadimplentes. (AM)



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