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Palocci avalia
que mudanças
são excessivas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), que não
se pronunciou publicamente sobre as negociações para
alterar a reforma da Previdência, mostrou, em avaliações internas, descontentamento em relação a concessões feitas pelo governo. A
posição do ministro contribuiu para que o entendimento emperrasse.
Segundo a Folha apurou, a
principal objeção de Palocci
diz respeito à idéia de permitir a paridade entre os reajustes concedidos aos servidores da ativa e aos inativos.
Na avaliação da área econômica, que era mencionada ontem por críticos do
acordo para alterar a reforma, essa regra engessaria as
futuras negociações salariais
com o funcionalismo e a definição de planos de carreira.
Por esse raciocínio, o governo não terá como arcar
com reajustes e planos de
carreira mais ambiciosos se
tiver de estender as mesmas
vantagens aos inativos.
Palocci também se preocupa com o efeito do recuo na
reforma sobre a imagem do
governo, especialmente na
visão dos investidores. Mesmo com o argumento de que
as mudanças não resultarão
em perdas para as contas
públicas, ainda resta o risco
de o mercado duvidar da
força política do governo, o
que pode levar a turbulências financeiras.
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