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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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OUTRO LADO

Companhia diz que assentamento privilegiará agricultura familiar

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Segundo Guilherme Comitti, da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), todo o termo acordado com o Ministério Público Federal para compensação de impactos socioambientais decorrentes da implantação da usina de Irapé "gira em torno da manutenção da agricultura familiar".
Fazendas adquiridas pela empresa para reassentamento de atingidos são voltadas especialmente para esse fim, de acordo com Comitti, que é o coordenador do projeto da hidrelétrica.
No que diz respeito à área comprada para Porto Coris, afirma que a terra "tem potencial", mas assinala a necessidade de adaptação. "Vamos ter de buscar formas de viabilizar que unidades familiares consigam utilizar 40 hectares, quando estão acostumadas a usar um ou dois [hectares]."
Segundo Comitti, ainda não saiu do papel convênio de suporte técnico para elaboração de projetos de reassentamento e assistência técnica aos atingidos, firmado com a Emater (órgão estadual de extensão rural) e previsto no termo de ajustamento de conduta, assinado por Cemig, Procuradoria da República em Minas Gerais, Feam (órgão ambiental estadual), FCP (Fundação Cultural Palmares), Comissão de Atingidos pela Barragem de Irapé e associação quilombola de Porto Coris.
Comitti diz acreditar que todas as 42 comunidades estarão assentadas até o início do enchimento do reservatório da usina, em novembro de 2004. "Se não conseguirmos terminar, a barragem não enche." Já foram adquiridas terras para quatro grupos.
Sobre críticas de que a obra não estaria gerando empregos prometidos aos moradores locais, afirma que 50% dos cerca de 2.000 funcionários da hidrelétrica foram contratados na região.
Segundo ele, durante a fase inicial da construção, com muitas escavações subterrâneas, foi necessária utilização de mão-de-obra especializada. (TG)


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