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OUTRO LADO
Companhia diz que assentamento privilegiará agricultura familiar
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Segundo Guilherme Comitti, da
Cemig (Companhia Energética de
Minas Gerais), todo o termo acordado com o Ministério Público
Federal para compensação de impactos socioambientais decorrentes da implantação da usina de
Irapé "gira em torno da manutenção da agricultura familiar".
Fazendas adquiridas pela empresa para reassentamento de
atingidos são voltadas especialmente para esse fim, de acordo
com Comitti, que é o coordenador do projeto da hidrelétrica.
No que diz respeito à área comprada para Porto Coris, afirma
que a terra "tem potencial", mas
assinala a necessidade de adaptação. "Vamos ter de buscar formas
de viabilizar que unidades familiares consigam utilizar 40 hectares, quando estão acostumadas a
usar um ou dois [hectares]."
Segundo Comitti, ainda não
saiu do papel convênio de suporte
técnico para elaboração de projetos de reassentamento e assistência técnica aos atingidos, firmado
com a Emater (órgão estadual de
extensão rural) e previsto no termo de ajustamento de conduta,
assinado por Cemig, Procuradoria da República em Minas Gerais,
Feam (órgão ambiental estadual),
FCP (Fundação Cultural Palmares), Comissão de Atingidos pela
Barragem de Irapé e associação
quilombola de Porto Coris.
Comitti diz acreditar que todas
as 42 comunidades estarão assentadas até o início do enchimento
do reservatório da usina, em novembro de 2004. "Se não conseguirmos terminar, a barragem
não enche." Já foram adquiridas
terras para quatro grupos.
Sobre críticas de que a obra não
estaria gerando empregos prometidos aos moradores locais, afirma que 50% dos cerca de 2.000
funcionários da hidrelétrica foram contratados na região.
Segundo ele, durante a fase inicial da construção, com muitas
escavações subterrâneas, foi necessária utilização de mão-de-obra especializada.
(TG)
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