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ONG teme "atropelo" em transferência
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LEME DO PRADO (MG)
Para a ONG Campo Vale (Centro de Assessoria aos Movimentos
Populares do Vale do Jequitinhonha), o ritmo de reassentamento,
pela Cemig, das comunidades que
serão deslocadas com a construção da usina de Irapé não acompanha o andamento da obra.
"Nenhuma [entre 42 comunidades diretamente atingidas] tem
projeto de reassentamento elaborado e discutido", diz o advogado
e integrante da ONG, Richarles
Caetano Dias. Para ele, faltando
menos de um ano e meio para o
começo do enchimento do reservatório, "o processo [de transferência] vai virar um atropelo".
Segundo Dias, a construção da
hidrelétrica foi acelerada sem que
representantes dos atingidos fossem ouvidos. A Cemig alega que o
início da construção estava previsto para 2001, e que é preciso
cumprir meta da Agência Nacional de Energia Elétrica que tem fevereiro de 2006 como prazo final
de conclusão dos trabalhos.
Sobre a utilização de mão-de-obra de municípios direta e indiretamente atingidos pela barragem, Caetano Dias diz que, "de
cada dez funcionários, sete são de
fora [da região]".
(TG)
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