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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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ONG teme "atropelo" em transferência

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LEME DO PRADO (MG)

Para a ONG Campo Vale (Centro de Assessoria aos Movimentos Populares do Vale do Jequitinhonha), o ritmo de reassentamento, pela Cemig, das comunidades que serão deslocadas com a construção da usina de Irapé não acompanha o andamento da obra.
"Nenhuma [entre 42 comunidades diretamente atingidas] tem projeto de reassentamento elaborado e discutido", diz o advogado e integrante da ONG, Richarles Caetano Dias. Para ele, faltando menos de um ano e meio para o começo do enchimento do reservatório, "o processo [de transferência] vai virar um atropelo".
Segundo Dias, a construção da hidrelétrica foi acelerada sem que representantes dos atingidos fossem ouvidos. A Cemig alega que o início da construção estava previsto para 2001, e que é preciso cumprir meta da Agência Nacional de Energia Elétrica que tem fevereiro de 2006 como prazo final de conclusão dos trabalhos.
Sobre a utilização de mão-de-obra de municípios direta e indiretamente atingidos pela barragem, Caetano Dias diz que, "de cada dez funcionários, sete são de fora [da região]". (TG)


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