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Presidente da OAB defende Constituinte
DA REPORTAGEM LOCAL
A convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva é defendida pelo presidente
nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Roberto Busato. Pela proposta, em outubro de
2006 se elegeriam também parlamentares cuja função exclusiva
seria redigir um novo texto constitucional sobre temas específicos,
como legislação eleitoral e tributária. A Assembléia seria dissolvida ao final dos trabalhos. O tema
foi analisado pelos conselheiros
da OAB segunda e terça em Brasília, mas a decisão formal sobre o
tema só sai em setembro.
Para Busato, só a reforma política agravará o quadro "colcha de
retalhos" da Constituição. "Não
conseguimos evitar as crises institucionais. Estou convicto de que a
Constituição de 1988, em termos
políticos, é péssima", afirma.
Advogados e juízes ouvidos pela
Folha, porém, consideraram a
convocação de uma Constituinte
é considerada um "risco" para as
garantias individuais e os direitos
sociais conquistados na Constituição de 1988.
Para o presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do
Brasil), Antônio Jorge Maurique,
"não há uma necessidade de refundação do país".
O juiz Marcelo Semer, presidente da Associação dos Juízes para a
Democracia, e o advogado e professor da USP Floriano de Azevedo Marques concordam com
Maurique e duvidam que a Constituinte, uma vez convocada, se
restrinja aos temas da legislação
política. "Não me atrai a idéia.
Quando se começa um debate é
muito difícil tabular o que será
discutido. Ninguém garante que,
a partir dessa pauta, não se vai
chegar a diminuir direitos trabalhistas", disse Semer.
(FLÁVIA MARREIRO)
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