São Paulo, quinta, 11 de setembro de 1997.



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Maluf afirma que, se não for candidato, pode apoiar FHC

EDMILSON ZANETTI
da Agência Folha, em S. J. do Rio Preto

O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) disse ontem que, se não sair candidato a presidente da República, poderá apoiar Fernando Henrique Cardoso na disputa por um segundo mandato.
"Se meu partido não tiver candidatura própria e eu for candidato a governador, posso apoiar o presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele está fazendo um bom governo, tem se mostrado um homem equilibrado."
As declarações foram feitas em São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo), onde desembarcou para visitas de campanha a 23 municípios da região.
Maluf criticou ainda a articulação de partidos de esquerda que pretendem ter uma única candidatura à Presidência. "A esquerda precisa se reciclar. Na Europa, esquerda e direita hoje são sinais de trânsito", disse.
Maluf voltou a criticar o governador Mário Covas (PSDB), virtual candidato à reeleição. "Quem é honesto não tem necessidade de bater no peito. Eu nunca vi a madre Tereza de Calcutá nem o papa João Paulo 2º baterem no peito e dizer que são honestos", afirmou.
Depois de ser chamado por Maluf de "galinha morta", Covas havia dito, no início da semana, que "para um homem honesto, o que pode existir de melhor é ter o Maluf como adversário".
O ex-prefeito cobrou de Covas explicações sobre "US$ 100 milhões" que, segundo ele, teriam sido gastos na reforma de trens na Espanha. O Ministério Público paulista instaurou inquérito civil, em 18 de agosto, para apurar a doação de 48 trens elétricos feita pela Renfe (Red Nacional de los Ferrocariles Españoles) ao governo paulista. Isso porque a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) firmou contrato com a Renfe para a reforma dos trens doados por R$ 93 milhões.



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