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Dirceu autoriza base
aliada a mudar subteto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes dos partidos da base
governista no Senado receberam
aval do ministro José Dirceu (Casa Civil) para promoverem mudanças no subteto dos servidores
estaduais previsto na proposta de
reforma da Previdência aprovada
pela Câmara dos Deputados.
No almoço, ficou decidido que
qualquer solução para o subteto
será negociada com os governadores. O líder do governo, Aloizio
Mercadante (PT-SP), descartou
totalmente o teto único para todos os Estados, tendo como parâmetro o subsídio dos desembargadores, como defende o PFL.
""O teto único nacional é contrário a toda negociação feita com os
governadores na Câmara. Não se
pode tratar Estados diferentes de
forma igual", disse Mercadante.
Segundo ele, uma das soluções
estudadas é manter na Constituição o salário de governador como
subteto para o executivo estadual,
e, ao mesmo tempo, aprovar um
dispositivo dando a cada governador o poder de enviar à respectiva Assembléia Legislativa projeto de lei fixando teto diferenciado,
nunca superior ao salário do desembargador.
O líder do governo e o do PT,
Tião Viana (AC), que é também o
relator da reforma da Previdência
no Senado, disseram a Dirceu que
não há chance de o Senado aprovar o subteto fixado pela Câmara
para os servidores do poder Executivo nos Estados.
Pelo texto, no âmbito estadual
os subtetos são diferentes para os
servidores do Executivo, do Judiciário e do Legislativo. Os servidores do Executivo estadual não poderão receber mais (salário e contribuição) do que recebe o respectivo governador.
No caso do Judiciário, a soma
da remuneração dos servidores
não poderá exceder o salário de
desembargador -que corresponde a 90,25% do que recebe o
ministro do STF. Já os servidores
do Legislativo têm sua remuneração total limitada pelo salário do
deputado estadual.
Os senadores afirmam que o
critério do subteto dos servidores
do Executivo provocará distorções entre Estados, já que há diferenças entre os salários dos governadores.
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