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São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003

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GRAMPO

Casal que acusa ACM reclama da ação de Fonteles

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O casal Plácido Faria e Adriana Barreto, que acusa o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) de ser o responsável por uma rede ilegal de escuta telefônica na Bahia, vai pedir ao procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, mais agilidade no andamento do inquérito criminal.
Faria disse que o caso está "parado" e corre o risco de ser arquivado. Sua mulher, Adriana Barreto, é ex-namorada de ACM.
"O caso está parado. O senador já tem mais de 70 anos e, com isso, o tempo de prescrição cai pela metade. Um crime que prescreve em quatro anos, irá prescrever em dois", disse Faria -prescrição é a extinção de um crime por conta do esgotamento de todos os prazos previstos em lei.
ACM é acusado de ter determinado a funcionários da Secretaria de Segurança da Bahia que grampeassem ilegalmente o telefone de várias pessoas, entre as quais o de Adriana, Farias e os deputados Nelson Pellegrino (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB). O senador nega as acusações.
Os quatro volumes do inquérito criminal foram encaminhados ao STF (Supremo Tribunal Federal), no final de julho. Por determinação da ministra Ellen Gracie, o inquérito seguiu para o procurador-geral, que deverá se manifestar sobre o caso. Fonteles recebeu os volumes no dia 6 de agosto.
A assessoria da Procuradoria Geral informou que o caso não está "parado", mas sob análise do procurador-geral. O andamento, segundo o órgão, está dentro do prazo previsto.
Por conta das acusações, ACM foi alvo de um processo disciplinar e de uma ação civil. O primeiro foi arquivado pelo Senado. A ação civil, que poderá estipular o pagamento de indenização por danos morais às pessoas grampeadas, está em fase final. Faria filiou-se ao PSDB, de oposição a ACM, e deverá disputar vaga de vereador em Salvador em 2004.


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