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GRAMPO
Casal que acusa ACM reclama da ação de Fonteles
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O casal Plácido Faria e Adriana
Barreto, que acusa o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) de
ser o responsável por uma rede
ilegal de escuta telefônica na Bahia, vai pedir ao procurador-geral
da República, Cláudio Fonteles,
mais agilidade no andamento do
inquérito criminal.
Faria disse que o caso está "parado" e corre o risco de ser arquivado. Sua mulher, Adriana Barreto, é ex-namorada de ACM.
"O caso está parado. O senador
já tem mais de 70 anos e, com isso,
o tempo de prescrição cai pela
metade. Um crime que prescreve
em quatro anos, irá prescrever em
dois", disse Faria -prescrição é a
extinção de um crime por conta
do esgotamento de todos os prazos previstos em lei.
ACM é acusado de ter determinado a funcionários da Secretaria
de Segurança da Bahia que grampeassem ilegalmente o telefone de
várias pessoas, entre as quais o de
Adriana, Farias e os deputados
Nelson Pellegrino (PT) e Geddel
Vieira Lima (PMDB). O senador
nega as acusações.
Os quatro volumes do inquérito
criminal foram encaminhados ao
STF (Supremo Tribunal Federal),
no final de julho. Por determinação da ministra Ellen Gracie, o inquérito seguiu para o procurador-geral, que deverá se manifestar sobre o caso. Fonteles recebeu
os volumes no dia 6 de agosto.
A assessoria da Procuradoria
Geral informou que o caso não está "parado", mas sob análise do
procurador-geral. O andamento,
segundo o órgão, está dentro do
prazo previsto.
Por conta das acusações, ACM
foi alvo de um processo disciplinar e de uma ação civil. O primeiro foi arquivado pelo Senado. A
ação civil, que poderá estipular o
pagamento de indenização por
danos morais às pessoas grampeadas, está em fase final. Faria filiou-se ao PSDB, de oposição a
ACM, e deverá disputar vaga de
vereador em Salvador em 2004.
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