|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Entidades ameaçam denunciar o
governo paulista à OEA e à Anistia
DA AGÊNCIA FOLHA
O Centro de Direitos Humanos
Evandro Lins e Silva e a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
prometem denunciar o governo
paulista à OEA (Organização dos
Estados Americanos) e à Anistia
Internacional, caso José Rainha Jr.
e Felinto Procópio dos Santos, o
Mineirinho, não sejam transferidos para uma cadeia pública do
Estado até amanhã.
Segundo as entidades, as lideranças do MST estão sendo submetidas a violações e constrangimentos no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente
Bernardes (589 km a oeste de SP).
Eles foram transferidos para o
local no último sábado, depois
que a Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) alertou sobre a possibilidade de a facção criminosa
PCC (Primeiro Comando da Capital) ter planos para assassiná-los. Houve um pedido direto do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo paulista para reforçar a segurança dos sem-terra.
A Secretaria Estadual da Justiça
informou ontem que desconhece
qualquer tipo de violação dos direitos humanos contra Rainha e
Mineirinho e que a transferência
dos dois líderes sem-terra, ainda
sem data definida, está sendo analisada. Segundo a secretaria, os
dois são tratados da mesma forma que os demais presos.
"Percebemos que os dois estão
muito abatidos, tiveram suas cabeças raspadas, estão em celas separadas, não podem conversar e
ficam num isolamento e num silêncio absolutos. A única coisa
que ouvem são passos de funcionários pelos corredores, o que é
uma situação enlouquecedora e
precária", afirmou o advogado
Marcos Rogério de Souza, coordenador do Centro de Direitos
Humanos Evandro Lins e Silva.
O STJ deve se manifestar até
amanhã sobre um pedido de habeas corpus para os dois líderes.
(EDUARDO SCOLESE)
Texto Anterior: Líder do MST vê "molecagem" em ordem de prisão Próximo Texto: Panorâmica - Investigação: Liminar proíbe a divulgação de papéis de EJ apreendidos em empresas Índice
|