KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS), decretou a exclusão em processos de licitação do Estado de 11 empresas investigadas pela Operação Albatroz, da Polícia Federal.
Segundo a investigação da PF, essas 11 empresas participaram de um esquema de fraudes em licitações do governo do Amazonas que movimentou R$ 500 milhões.
Ontem, o governador determinou o cancelamento de um pregão, marcado para o dia 17, no qual seria escolhida a empresa que forneceria R$ 9 milhões em material químico-cirúrgico à Secretaria da Saúde. Uma das empresas que participaria, a Pointer Comércio, Importação e Exportação Ltda., é uma das investigadas.
Desde 10 de agosto, quando a operação foi deflagrada, 45 pessoas foram indiciadas por crimes como formação de quadrilha, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro. Dez dos indiciados são ligados ao governo estadual.
"A simples referência pública à participação em certames licitatórios de qualquer uma das empresas objeto da investigação criminal [...] enseja dúvida quanto à lisura de tais procedimentos, cumprindo ao governante o dever de resguardar os superiores interesses públicos", justificou Braga, em decreto assinado anteontem.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema de fraudes é comandado pelo deputado estadual Antônio Cordeiro (sem partido), que diz que só se pronunciará sobre o caso na Justiça.


Texto Anterior: Ministério público: Dirceu retira Gestapo da critica a procurador
Próximo Texto: Campo minado: Operação no PA quer desocupar 40 fazendas
Índice